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sexta-feira, 2 de julho de 2010

Apanhado pela PJ após um ano a abusar de meninas

Apanhado pela PJ após um ano a abusar de meninas

Homem desempregado era vizinho das quatro vítimas com idades dos sete aos 12 anos

Impulso. Foi esta a justificação que o homem de 52 anos detido segunda-feira por abusos sexuais a pelo menos quatro meninas deu à Polícia Judiciária de Lisboa para o seu comportamento sexual.

Segundo fonte policial, há mais de um ano que o homem abusava das crianças que viviam próximas de si. Mas só no sábado uma das suas vítimas denunciou o caso, num bairro de Sacavém, arredores de Loures.

Assim que ele a apalpou, a menina de apenas sete anos começou a gritar, fugiu e contou tudo à mãe. Foi ela quem denunciou o caso à Polícia Judiciária.

A partir deste caso, os investigadores descobriram que este não tinha sido um crime isolado. Pelo menos outras três meninas, entre os sete e os 12 anos, tinham sido vítimas. Uma delas com maior gravidade. Ainda de acordo com a mesma fonte, foi sujeita a sevícias sexuais mais graves, como sexo oral. "As vítimas tiveram alguma dificuldade em relatar os actos, mas depois percebemos que todas elas tinham sido abusadas", revelou a mesma fonte, dando conta de que, em casos de abuso sexual, as vítimas sentem culpa, mesmo não tendo nenhuma.

O suspeito em causa estava desempregado e chegou a trabalhar como pedreiro. Vivia sozinho e não teria ligações familiares. Os pais das vítimas conheciam-no e até confiavam nele.

Os abusos sexuais terão corrido na casa do agressor, perto das casas das vítimas e numa pequena associação do bairro onde foram registados os crimes.

O suspeito confessou que há mais de um ano que "tinha estes impulsos sexuais" e que não conseguia explicar porquê, apesar de saber que o seu comportamento era reprovável e punível por lei. Diz que "era um impulso".

Terá sido também essa a justificação que deu ontem ao juiz de instrução do Tribunal de Loures, onde foi ouvido para lhe ser aplicada uma medida de coacção. Até agora, o suspeito não tinha qualquer mancha no seu cadastro criminal.

As meninas foram levadas ao hospital para serem submetidas a exames médicos, cujos resultados deverão ser apensos ao processo.

Em Portugal, mais de 90% dos abusadores comuns são pais, tios, avós ou amigos próximos da família, como concluiu um estudo já divulgado pela Judiciária e levado a cabo pela psicóloga Cristina Soeiro. "O abuso sexual não é um acto, é uma relação complexa que se estabelece entre agressor e vítima. Não é sinónimo de pedofilia", explicou na altura.

Quem sofre de parafilia - os chamados pedófilos - prefere crianças mais jovens e pensa em estratégias de sedução, como oferecer bens à vítima. Como escolhem crianças mais novas, muitas vezes não passam dos actos masturbatórios, explica a psicóloga. Já os abusadores sexuais comuns tendem a construir uma relação e chegam à relação sexual completa, mas não de forma abrupta.

DN

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