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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Filhos de orgias romanas mortos à nascença

Filhos de orgias romanas mortos à nascença

A descoberta de 97 esqueletos de crianças com 40 semanas de gestação, numa vila romana, em Inglaterra, leva investigadores a pensar que ali havia um bordel

Nas escavações de uma antiga vila romana, junta da localidade de Hambleden, no vale do Tamisa, em Buckinghamshire ( Inglaterra), uma equipa de arqueólogos britânicos fez uma estranha descoberta: uma vala do tempo romano, na qual foram encontrados os esqueletos de 97 crianças que não tinham mais de 40 semanas de gestação à data da sua morte. Os investigadores pensam que ali haveria um bordel e que aquelas eram crianças indesejadas e mortas à nascença.

"Não existe nenhum outro sítio onde se tenha encontrado algo assim", explicou o biólogo que fez o estudo dos esqueletos, Simon Mays, do English Heritage Centre for Archeology, citado pela BBC News online.

O sítio arqueológico foi descoberto há cem anos e identificado como uma vila romana, de proprietários abastados.

Na altura, o local foi estudado pelo naturalista e arqueólogo inglês Alfred Heneage Cocks, que deixou um relatório minucioso das escavações, durante as quais reuniu três centenas de caixas com artefactos, cerâmica e ossos. Elas foram recentemente redescobertas no Buckinghamshire County Museum, juntamente com o relatório das escavações, datado de 1921, e um acervo de fotografias.

Nesses registos, os arqueólogos encontraram indicações muito precisas sobre a localização dos pequenos esqueletos, que estavam enterrados sob paredes ou no pátio, mas todos próximos uns dos outros.

No seu relatório, no entanto, Alfred Heneage Cocks não dava grande relevância aos esqueletos.

A equipa que neste momento está a estudá-los conseguiu determinar que nenhum deles teria mais de 40 semanas de gestação. Ou seja, morreram à nascença, e os arqueólogos pensam que foram mortas propositadamente.

"A única explicação que temos é que haveria ali um bordel", adiantou à BBC a arqueóloga Jill Eyers, do Chiltern Archeology, que está a participar no estudo sobre os esqueletos.

No entanto, sublinha a arqueóloga, aquela poderia ser uma situação comum naqueles tempos, em que não existia uma contracepção eficaz.

Por outro lado, sublinha ainda a equipa, o infanticídio poderia não ser na época romana um comportamento tão chocante como hoje.

Registos arqueológicos desse tempo mostram que as crianças não eram então consideradas totalmente humanas antes dos dois anos, de acordo com a arqueóloga.

Os investigadores vão agora fazer os estudo genético dos esqueletos para tentar determinar o sexo e para perceber possíveis relações entre eles.

DN

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