Corneta sul-africana, que é já uma das vedetas do Campeonato do Mundo, prejudica os tímpanos.
A vuvuzela é já a grande vedeta do Mundial de futebol, mesmo antes do arranque do Campeonato do Mundo, que só começa no dia 11. A par da bola Jabulani, a corneta é um símbolo do África do Sul 2010.
Da mesma forma que a bola tem sido alvo de críticas - especialmente por parte dos joga- dores -, também a vuvuzela não escapa à polémica.
O ruído estridente da corneta pode ser prejudicial à saúde dos espectadores, não só dos que vão assistir aos jogos nos estádios durante o Mundial como também dos que os seguem através da televisão em todo o globo.
Estudos mostram que num estádio com 30 mil pessoas a soprar na vuvuzela, os picos de ruído atingem os 140 decibéis, sendo que a média em duas horas chegou aos 100. Os médicos desaconselham uma exposição a acima dos 137 decibéis, dado que é esse o registo sonoro que o ouvido humano suporta.
Durante os encontros do Mundial é que irá concluir-se se esses decibéis emitidos pela corneta além de prejudicarem os espectadores também serão prejudiciais para os jogadores.
Muitos comparam o ruído da vuvuzela ao de uma sirene ou a uma manada de elefantes.
O instrumento foi criado por um adepto dos Kaizer Chiefs, um clube de Joanesburgo, uma das cidades onde se realizam jogos do Campeonato do Mundo, e é considerado o 12.º jogador sul-africano.
O modelo original, a vuvuzela propriamente dita, tem um metro de comprimento. Foram depois fabricados mais duas versões do instrumento: uma mais pequena e mais estridente, chamada momozela, e outra designada vuthela, que fica a meio caminho entre as anteriores.
Os três modelos fazem mal aos tímpanos e podem provocar lesões no aparelho auditivo. Por isso, o mais indicado é evitar a exposição ao seu som. Por exemplo, em casa baixar o volume da televisão e nos estádios usar protectores nos ouvidos.
A vuvuzela é a mais recente inovação dos adeptos do futebol: em 1930 a moda era lançar os chapéus quando se marcava um golo; em 1950 os fãs do Brasil acenaram com lenços brancos antes da derrota com o Uruguai; em 1986 foi criada a famosa ola (onda em castelhano) durante o Mundial do México, em que os espectadores imitavam as ondas do mar.
DN
Sem comentários:
Enviar um comentário