Páginas

So faltam meses, dias, horas, minutos, e segundos para o ano 2012

Madeleine

Banner1
Click here to download your poster of support

Radio Viseu Cidade Viriato

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Jose Socrates vs Francisco Louca...


A hipótese de um entendimento à esquerda entre PS e o Bloco de Esquerda nas eleições Legislativas parece estar definitivamente afastada. Naquele que foi o sexto debate entre os líderes partidários, Sócrates e Louçã mostraram que são muitas as diferenças que os separam e não faltaram ataques duros.


Logo a abrir o debate, Louçã afirmou que na rua as pessoas lhe perguntam se vai haver governabilidade. «Na minha opinião, a governabilidade foi arrasada pela maioria absoluta», adiantou o líder do BE, que apontou depois a Sócrates dois erros de governabilidade, além do «ataque aos professores»: «entregar à Mota-Engil num contrato quase eterno do terminal dos contentores de Alcântara e o outro foi entregar à mesma empresa o contrato da auto-estrada para Bragança».


Recordando que Jorge Coelho,dirigente socialista, é administrador da empresa, Louçã acusa o Governo de falta de transparência nestes negócios e diz: «Se eu fosse primeiro-ministro não pagava a Jorge Coelho».


Veja o debate na íntegra link externo


Após este ataque, Sócrates lamentou que «numa altura destas o Bloco de Esquerda tivesse considerado que o melhor era transformar o PS no seu inimigo eleitoral». «Você candidata-se na esperança de vencer o PS. Mas cada vez que o PS enfraquece, é a direita que ganha», disse.


«Eu candidato-me para vencer a crise», respondeu Louçã, dizendo depois: «Quero dirigir-me aos eleitores socialistas porque eles sabem que não pode haver uma maioria absoluta».


Mas para Sócrates, «os portugueses sabem que isto é uma escolha entre o PS e o PSD. Só um dos dois vai ganhar».


Economia aqueceu ainda mais o debate


Foi na área da Economia que o debate aqueceu ainda mais. O tema das
nacionalizações levantou polémica, assim como uma proposta do Bloco de Esquerda para acabar com os benefícios fiscais dos PPR, Educação e Saúde, nos caso destes dois últimos sectores, só seriam aplicados quando houvesse alternativa pública.


Sócrates levantou a questão ao ler excertos do programa do BE que levou para o estúdio. E acusou Louçã de estar a fazer «um ataque à classe média».


O líder do Bloco garante que Sócrates está a interpretar mal o que é proposto e que o que o partido quer «é evitar que haja uma floresta de benefícios fiscais em que só as pessoas muitos informadas usufruem».


Louçã defendeu ainda um imposto sobre grandes fortunas. «Só Américo Amorim pagaria 25 milhões», afirmou.


Sócrates acusa Louçã de «radicalismo»


«As políticas do Bloco são de um radicalismo que tem muito a ver com uma recaída ideológica. Sei que no movimento revolucionário a classe média sempre foi vista como uma classe que estava a mais, entre as vanguardas da classe operária e a burguesia», disse Sócrates.


«Eu não vou desejar que tenha alguma recaída ideológica, porque acho que no seu caso seria muito mais grave», respondeu Louçã a Sócrates. «Fui socialista, republicano e laico toda a vida. Pode-me acusar de radicalismo que quiser, mas eu sou coerente com as minhas ideias e sempre tive a mesma ideia da visão da política pública», afirmou.


Sócrates respondeu de imediato dizendo que é «um político moderado. Sempre me filiei no socialismo democrático. Nunca tive outra família política».


«Caiu a máscara a Ferreira Leite


Sócrates afirma que o elogio da presidente do PSD ao modelo da Madeira fez «cair a máscara» do discurso sobre a asfixia democrática. «Aquelas imagens são patéticas», disse.


Sem comentários: