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Radio Viseu Cidade Viriato

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Defesa de TGV volta a marcar discurso de líder do PS, num comício com enfermeiros a protestar à entrada...


Manuela Ferreira Leite disse no debate deste sábado que «Portugal não é uma província de Espanha», defendendo que o projecto do comboio de alta velocidade em Portugal era algo que só interessava aos espanhóis. José Sócrates respondeu, com um dia depois, a este o argumento, esta noite, em Évora descrevendo as afirmações de Ferreira Leite como «um ataque baixo» e assegurando que no PS «só há patriotas».


Durante o comício que encerrou o primeiro dia de campanha oficial, o secretário-geral do PS voltou a defender a importância de não ficar na «periferia» da Europa como argumento para não suspender o projecto do TGV. «Seria um erro trágico para nosso país ficarmos fora de linhas de alta velocidade de toda a Europa», apontou, acrescentando: «Pela minha parte passou a época de um país atrasado».


Quilómetro zero, Rua dr. Jorge Sampaio (vídeos e fotos)
«Não queremos deixar ninguém à beira da estrada» (vídeos e fotos)


Depois de apresentar as virtudes do projecto, José Sócrates passou à descrição daqueles que considera serem os defeitos da argumentação de Manuela Ferreira Leite para travá-lo, depois de o ter apoiado em 2003. «Eu ouvi um argumento, mas não é um argumento que possa ser considerado. É o argumento seguinte: "Agora estamos em recessão". Engana-se, é que na altura também estávamos em recessão».


Mas, para o líder socialista, «o argumento mais extraordinário» não foi este, mas a referência que Manuela Ferreira Leite fez ao interesse de Espanha no envolvimento de Portugal no projecto para poder beneficiar de fundos comunitários, porque passaria a tratar-se de um projecto transfronteiriço. «Foi usado ontem no debate e hoje reafirmado. É o argumento segundo o qual nós nos empenhamos na construção da Alta Velocidade para fazer um jeito aos espanhóis. Insulta Espanha», disse, para considerar que também insulta os socialistas. «Aqui, neste partido, só há patriotas».


«Azedume», desconfortos e uma manifestação de enfermeiros


Depois desta tarde, em Portalegre, ter atacado a ausência do SNS do programa eleitoral do PSD, José Sócrates desfiou, em Évora, outra leva de críticas - umas mais implícitas do que outras -, mas sempre na mesma na mesma direcção.


Dizendo que o PS está em campanha sem estar «contra ninguém», o líder socialista apontou o dedo aos que considera não actuarem assim. «Não nos entregamos à maledicência nem à descrença», afirmou.



Apontando para o «futuro», José Sócrates defendeu, a seguir, que Portugal «precisa de lideranças políticas que não se entretenham a dizer ao país o que não deve fazer mas também o que deve fazer».


«É em nome desse futuro, dessa juventude que tenho atrás de mim, que falo no futuro», frisou, realçando que a sua candidatura é pela «modernização» do país e pela aposta na ciência e inovação, para reivindicar o plano tecnológico do seu Governo como um prova dada nesta matéria, assim como nunca ter havido «tantos jovens colocados no ensino superior como este ano».


A crise também serviu para José Sócrates apontar distâncias em relação à oposição. «Os primeiros resultados já começaram a aparecer fomos dos primeiros países que saíram da recessão técnica», invocou, para depois lamentar «que a oposição receba as boas noticias deste país com azedume e desconforto».


Mas José Sócrates também passou por um momento de desconforto esta noite, quando à chegada ao local do comício, a escola Severim de Faria, o esperava uma manifestação de enfermeiros da cidade, dizendo-se insatisfeitos com a forma como têm sido tratados pelo Governo.

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