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Radio Viseu Cidade Viriato

sábado, 14 de agosto de 2010

Fogo em Viseu colocou casas em perigo


Os habitantes de Nesperido, na freguesia de Povolide (Viseu),viveram momentos de pânico e desespero face ao avançar das chamas de um incêndio com quatro frentes cujas chamas se aproximaram de diversas habitações e de uma oficina de reparação de automóveis.
Cerca de meia centena de bombeiros, apoiados por mais de uma dezena de viaturas e três meios aéreos (dois aviões ligeiros e um helicóptero ligeiro), fizeram os possíveis para afastar o fogo das casas, mas o elevado número de frentes obrigou à dispersão dos homens pelo terreno.
No entanto, em alguns casos, os populares acabaram por ter de enfrentar sozinhos as chamas, recorrendo a mangueiras, baldes, pás e enxadas para combaterem o incêndio que em diversas situações esteve a poucos metros das residências.
No local esteve também o presidente da Junta de Povolide, Fernando Florindo, que lamentou o reacendimento de um incêndio que no dia anterior tinha sido dado como extinto. Mostrou-se ainda muito preocupado com a existência de diversas habitações no meio da floresta, que também estavam em perigo e que, depois do alerta do autarca, passaram a ser um dos principais alvos das descargas de água dos meios aéreos.
Ao mesmo tempo ardia também uma área considerável de mato na zona de Santo Estêvão, no norte da cidade de Viseu, mas o fogo foi rapidamente extinto pelos bombeiros. À hora de fecho da nossa edição, o incêndio de Povolide ainda não se encontrava controlado e no combate às chamas estavam mais de 40 homens, apoiados por 13 viaturas e dois meios aéreos.

Linha da Beira Alta cortada
Durante o dia de ontem foram vários os incêndios de grandes dimensões registados no distrito e que à hora de fecho ainda não estavam controlados. Aquele que mais meios mobilizou foi o de Santo Amaro de Tavares, em Mangualde, que obrigou inclusivamente ao corte da Linha da Beira Alta, entre Gouveia-Gare e Fornos de Algodres, às 16h00, e que à hora de fecho do nosso Jornal se mantinha encerrada.
No combate às chamas chegaram a estar mais de uma centena de homens, mas ao fim do dia esse número já tinha sido reduzido para pouco mais de 70, apoiados por 19 viaturas e um meio aéreo.
Em S. Pedro do Sul, um fogo em Aguaneiros também mobilizou mais de 80 bombeiros, além de 22 viaturas e três meios aéreos. Destaque ainda para um incêndio em Quinta dos Caetanos, no concelho de Moimenta da Beira, para onde tinham sido enviados 32 homens, sete viaturas e um meio aéreo.

DV

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