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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Problemas no combustível deixaram aviões em terra


Os dois aviões ligeiros de combate a fogos florestais que se encontram estacionados na pista de Viseu desde o início do Verão passam a ser abastecidos através do depósito de combustível que a Câmara Municipal tem naquele aeródromo.
Foi esta a forma encontrada para ultrapassar um suposto problema na qualidade do combustível providenciado pela empresa Aeronorte que opera os meios aéreos em questão e que anteontem impediu que os dois aviões levantassem voo.
Em vez do combustível disponibilizado em bidões, os pilotos pretendiam utilizar aquele que a Câmara coloca à disposição dos pilotos privados que usam aquela infra-estrutura, como ontem explicou o presidente da autarquia, Fernando Ruas aos jornalistas.
No entanto, tal só veio a ser possível durante a manhã de ontem, depois de o município ter recebido uma carta do Governo Civil de Viseu em que era garantido o pagamento da despesa semanal de combustível.
O edil esclareceu ainda que a decisão de não fornecer combustível a crédito se ficou a dever a uma dívida de cerca de 50 mil euros que, segundo o próprio, levou muitos anos a cobrar, garantindo que a situação já está ultrapassada e que deu indicações ao vereador responsável para que os aviões possam abastecer-se a partir do depósito do município.
Contactado pelo nosso Jornal, o governador civil de Viseu, Miguel Ginestal, adiantou que a carta enviada à Câmara continha uma proposta feita pela Aeronorte, na qual a empresa se compromete em pagar o combustível semanalmente. Em caso de incumprimento, o pagamento poderá ser feito directamente pelo Governo, através da Empresa de Meios Aéreos, subtraindo o valor da dívida da verba contratualizada pela Administração Central para o uso dos aviões no combate aos fogos.
O governado civil não quis fazer qualquer comentário quanto ao facto de os aviões terem ficado em terra, preferindo destacar o facto de "o problema ter sido rapidamente ultrapassado graças à pronta cooperação por parte da Câmara Municipal de Viseu".
"O mais importante é que os meios estão operacionais", finalizou.

DV

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