A profundidade do Mar Morto, localizado entre a Jordânia e Israel, está a diminuir drasticamente nos últimos anos.
Nos últimos 50 anos, o Mar Morto perdeu um terço da sua superfície, em grande parte por causa da exploração excessiva do seu afluente, o rio Jordão, única fonte de água doce da região, para além da natural evaporação das suas águas.
Além da própria destruição deste recurso único, a evaporação da água trouxe um novo perigo: os buracos de sucção.
Chegam a ter até 20 metros de profundidade e 25 metros e muitas centenas já surgiram nos locais onde o mar secou. Esses buracos já engoliram árvores, carros, levaram ao encerramento de uma base militar e de um acampamento para turistas e ao cancelamento de um projecto de um hotel de 5 mil quartos na região.
Quase todos os buracos se encontram em zonas de acesso proibido ao público e, em princípio, não ameaçam a segurança das infra-estruturas turísticas e hoteleiras da região. Os buracos e as fendas ocorrem por causa da infiltração da água da chuva que dissolve os sais subterrâneos.
Os governos locais chegaram a pensar em construir um canal para drenar água do Mar Vermelho para o Mar Morto. Mas os altos custos da obra e os riscos de danificar os famosos recifes de corais do Mar Vermelho e também de diluir os minerais medicinais do Mar Morto são obstáculos ao projecto. A construção levaria décadas e o custo estaria na casa dos mil milhões de euros.
Situado a 412 metros abaixo do nível do mar Mediterrâneo, o mar Morto tem uma extensão de 50 km e 17 km em sua parte mais larga. É famoso por ter as águas mais salgadas do mundo, com uma salinidade de 33%, que equivale dez vezes a dos oceanos, o que permite a vida apenas de seres unicelulares primitivos, que não têm um núcleo definido.
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