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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Mais 300 mortes na semana passada por causa do calor

Mais 300 mortes na semana passada por causa do calor

Sistema de vigilância regista excesso de óbitos em comparação com anos anteriores.

A onda de calor que afectou o País na semana passada fez aumentar "a mortalidade acima do esperado": houve pelo menos mais 300 mortes do que na mesma semana do ano passado, revela o sistema de monitorização do Instituto Ricardo Jorge (INSA). A explicação está exactamente nas temperaturas elevadas.

Um número em linha com o que se tem verificado durante ondas de calor no Verão, explica o chefe da Divisão de Saúde Ambiental da Direcção-Geral da Saúde (DGS), Paulo Diegues. Apesar de o organismo ainda estar a tratar a informação recolhida durante a semana passada, o responsável adianta que, "segundo dados muito preliminares", a maior parte desses óbitos "corresponde a pessoas com mais de 75 anos".

No relatório que o instituto publica semanalmente com os dados do Sistema de Vigilância Diária da Mortalidade, "por todas as causas", é visível um excesso de pelo menos 300 mortos em relação ao esperado e ao que se registou na mesma semana do ano passado. A maioria são idosos.

O INSA indica que este aumento é devido às temperaturas elevadas. Muitas regiões de Portugal estiveram em onda de calor, ou seja, registaram durante seis dias temperaturas cinco graus acima do que é normal para a época. Aliás, na semana passada, a DGS emitiu alertas amarelos para grande parte do País e as regiões do Alentejo, Lisboa e Santarém estiveram mesmo sob alerta vermelho.

"Efectivamente, sempre que a temperatura sobe muito há um aumento da mortalidade", explica Paulo Diegues. "O calor não é o único factor, mas potencia descompensações em doentes e idosos." Ou seja, a s pessoas que morrem durante as ondas de calor, na sua grande maioria, já estão muito fragilizadas devido à idade ou a doenças.

Por isso mesmo, a DGS desenvolveu um sistema de alertas, que serve para os serviços de saúde e várias instituições se prepararem para o calor. Os hospitais e centros de saúde, no entanto, não foram alvo de uma procura excessiva. "A nível global não é notório que haja um pico. Pode haver um ligeiro aumento em algumas áreas, que não é visível a olho nu."

Os dados do INSA ainda podem ser revistos, à medida que vai chegando mais informação, disse ao DN fonte do instituto. Também a DGS ainda está a preparar o seu relatório sobre a semana passada. Mas os dados preliminares apontam para valores semelhantes aos do INSA e para um aumento progressivo da mortalidade ao longo da semana, revela Paulo Diegues.

O subdirector-geral da Saúde, José Robalo, já tinha afirmado este mês que, nos quatro períodos de maior calor que se registaram desde Abril, as autoridades observaram mais mil mortes em comparação com os números habituais dos anos anteriores.

DN

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