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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

"Há já grande manifestação das alterações climáticas"

"Há já grande manifestação das alterações climáticas"

Em seis semanas terão morrido 17 533 pessoas devido a fenómenos extremos como a onda de calor na Rússia, as cheias na Europa Central e de Leste, no Paquistão, Índia e China. São "manifestações das alterações climáticas", dizem alguns especialistas. 2010 foi, até agora, o ano em que o planeta esteve mais quente. Onda de calor russa só é comparável à de 2003. Em Portugal, temperaturas elevadas já mataram mil pessoas este ano.

Onda de calor histórica, seca severa e incêndios na Rússia. Chuvas intensas num curto espaço de tempo na Europa Central e de Leste, cheias invulgares no Paquistão e na Índia, chuvadas acompanhadas de deslizamentos de terras na China.

As catástrofes que assolam estas zonas do globo nos últimos tempos poderão não estar ligadas entre si, mas são fenómenos extremos, cada vez mais frequentes e intensos, que constituem uma manifestação das alterações climáticas.

"São acontecimentos que se reproduzem e intensificam num clima perturbado pela poluição de gases com efeito de estufa", declarou à AFP Jean-Pascal Van Ypersele. "Os acontecimentos extremos são uma das maneiras pelas quais as mudanças climáticas se tornam dramaticamente perceptíveis", acrescentou o vice-presidente do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC).

"Acredito que há já uma grande manifestação das alterações climáticas. O clima define-se através de observações meteorológicas de 30 anos. E o que se tem observado é uma maior frequência e intensidade de fenómenos extremos", afirmou ao DN Filipe Duarte Santos, professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

No caso da Rússia, há um anticiclone instalado que, "ao ficar muito tempo no mesmo sítio, causa secas. Tudo indica que o anticiclone fica mais tempo do que deve por causa das alterações climáticas", acrescentou o especialista português, que vai ser um dos editores do próximo relatório do IPCC em 2013.

Quanto ao Paquistão, as chuvadas de 400 mililitros [em poucas horas] nas zonas montanhosas provocaram cheias nos rios. "É um recorde", disse Qamar-uz-Zaman Chaudhry, director-geral do Departamento de Meteorologia do Paquistão. "A única explicação pode ser uma ligação às alterações climáticas, pois esta área muito normalmente não tem monções", explicou, citado pela Reuters. Também na região turística himalaia de Ladakh as cheias são um fenómeno pouco usual.

DN

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