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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Falhas no bónus do efeito de estufa

Falhas no bónus do efeito de estufa

Num século, a temperatura do planeta subiu 0,76 graus e os glaciares estão a derreter. Estas alterações climáticas, e seus efeitos, estão a ser estudadas. E se os cientistas estão de acordo para a necessidade de diminuir o efeito de estufa artificial, a verdade é que este fenómeno natural contribui para tornar a Terra habitável ao fazer que a temperatura média seja de 15 graus e não 18 negativos. Nas últimas semanas foram vários os sinais de que o tempo está cada vez mais extremo: da Rússia aos EUA.

Discutir o tempo - meteorológico, claro - é sempre um tema favorável para uma conversa de circunstância, mas a meteorologia também tem o dom de suscitar discussões apaixonadas. Sobretudo desde que o tempo parece andar avariado. Ora chove de tal forma que em poucas horas transbordam ribeiras ora faz um frio de rachar e a seguir fica um calor como já ninguém se lembrava. Anedotário à parte, há factos concretos: a temperatura média global do planeta aumentou no último século 0,76 graus Celsius, os glaciares no hemisfério norte estão realmente a derreter e a encolher, o Árctico, com o gelo oceânico a diminuir todos os anos um pouco mais, estará em breve irreconhecível se a tendência continua. E parece que vai continuar. Serão as alterações climáticas de que tanto se fala?

Os cientistas são cautelosos. Tudo parece apontar nesse sentido, além do mais, com uma inequívoca assinatura humana. Mas o clima e a meteorologia são muito complexos, e a dinâmica da atmosfera também, tal como a sua relação com os oceanos e a vegetação que cobre os continentes. E depois há fenómenos regionais, como o "nosso" anticiclone dos Açores ou o El Niño, que influem na meteorologia global conforme os seus humores. Por isso, afirmam os cientistas, é preciso continuar a estudar tudo isto e, à cautela, diminuir os gases com efeito de estufa causados pelas actividades industriais humanas, para impedir que isto aqueça mais ainda. É aqui, no efeito de estufa, que bate o ponto. Em última análise, é ele que permite vida na Terra.

Funciona assim: alguns gases, que existem em pequeníssima quantidade na atmosfera, retêm uma parte do calor que o planeta recebe do Sol. Entre esses gases está, por exemplo, o famoso dióxido de carbono (CO2). Eles são responsáveis por a Terra ter uns confortáveis 15 graus positivos, de média global de temperatura, em vez de rolar no espaço, congelada e desprovida de vida, com uma temperatura média de 18 graus negativos.

Foi em 1827 que um francês chamado Joseph Fourier fez contas e percebeu que devia haver algo na atmosfera da Terra que retinha todo este calor. Mas só em 1959 o irlandês John Tyndall percebeu o que se passava. Foi ele que descobriu o efeito de estufa. Outro facto concreto: desde a revolução industrial, a concentração de CO2 na atmosfera aumentou para níveis nunca vistos. É juntar dois mais dois. Há motivo para preocupação e à cautela é melhor reduzir emissões.

DN

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