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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

As termas voltaram a estar na moda

As  termas voltaram a estar na moda

Longe vão os tempos em que só os doentes frequentavam as termas. Hoje em dia, as estâncias termais são locais de luxo que aliam a saúde com os tratamentos de beleza e bem-estar.

As termas não curam, mas ajudam no tratamento de algumas doenças de reumatismo, aparelho digestivo e de pele, por exemplo, e a sua frequência deve resultar sempre de prescrição médica, porque nem todos podem "ir a banhos".

Há 20 ou 30 anos, era vulgar as pessoas irem às termas para aproveitarem indiscriminadamente os benefícios das propriedades de determinadas águas para a saúde. Hoje já não é assim. Os tratamentos não são aleatórios e as estâncias termais são obrigadas a ter um corpo clínico que prescreve os melhores tratamentos a fazer. "As pessoas têm de saber quais as águas melhores para a sua patologia e acreditar nos conselhos dos profissionais de saúde", considera Jorge Santos Silva, clínico termal em Unhais da Serra.

São Pedro do Sul, Caldas da Rainha e Manteigas são vocacionadas para doenças respiratórias, osteo-articulares e reumatismos, Monfortinho (Idanha-a-Nova) para doenças de pele e Vidago para o estômago, por exemplo. Além dos tratamentos, as termas estão hoje a virar-se para o turismo de saúde e oferecem planos de relaxamento, de exercício e até de reeducação alimentar. Alexandra Bento, da Associação Portuguesa dos Nutricionistas, considera estes planos muito positivos, até porque no imaginário geral "as termas surgem como locais de saúde". "É um local que nos permite repensar o que deve ser a nossa alimentação pode ser um bom click para iniciar um plano alimentar que seja acertado e perpetuá-lo no regresso à vida activa."

Em Portugal existem actualmente quase 50 estâncias termais licenciadas. Só entre 2008 e 2010, foram reabertas ou renovadas as termas do Estoril, Pedras Salgadas (Vila Pouca de Aguiar, Vila Real), Unhais da Serra (Covilhã, Castelo Branco), Almeida (Guarda), Cabeço de Vide (Portalegre), Monção (Viana do Castelo), São Vicente (Sagres), Nisa (Portalegre) e Monte Real (Leiria). Este ressurgimento do interesse pelas termas surgiu, segundo Paulo Diegues responsável na Direcção-Geral da Saúde (DGS) pelo departamento que autoriza e fiscaliza estâncias termais, sobretudo desde a modificação da lei, em 2004, tendo-se verificado "uma renovação geral de mais de 200 milhões de euros de investimento". O responsável salientou que o processo de construção de umas termas é hoje extremamente completo e rigoroso em termos de estudos médicos e de exigências legais, além da confirmação das propriedades físico--químicas, bacteriológicas e radiológicas das águas que pretendem ser classificadas como termais.

"Este rigor segue a mesma filosofia de quando um medicamento entra no mercado", considerou, realçando que mesmo depois de percorridos todos os passos e de ser concedida a licença para exploração da água para efeitos termais, "as termas têm ainda de funcionar durante algum tempo com um controlo para que se prove inclusive as propriedades terapêuticas da água".

? "Muitas destas termas já existiram antes, mas estiveram muito tempo fechadas e tinham surgido numa altura em que não eram exigidas análises com o rigor de hoje", explica Paulo Diegues. O melhor exemplo é o Estoril, que reabriu este ano, mas há outros:

1. A fabulosa sauna das Termas de São Vicente, em Penafiel

2. Tratamento nas Termas da Sulfurea, em Cabeço de Vide

3. Uma sala de relaxamento nas Termas do Luso

DN

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