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sexta-feira, 9 de julho de 2010

Detecção rápida é essencial para combate eficaz dos fogos


Vasco Costa tem 55 anos, dos quais mais de 20 passados como vigilante no posto 33-04, localizado em Chãs de Tavares, no concelho de Mangualde. Com recurso aos binóculos, aquele que é um dos mais experientes vigias existentes na região, consegue detectar fogos desde Vila Nova de Paiva até Oliveira do Hospital, além de ter uma vista privilegiada sobre as Torres da Serra da Estrela e grande parte do distrito de Viseu.
"Isto é uma grande pasmaceira, mas também já chorei aqui no cimo da torre ao ouvir as pessoas aflitas com o fogo a chegar às suas casas", confessa Vasco Costa ao Diário de Viseu, garantindo que só tem medo da trovoada, altura em que tem ordens - dadas pela Guarda Nacional Republicana, por ser a entidade à qual cabe a gestão da vigilância e prevenção dos fogos florestais - para descer e se afastar do posto de vigia.
Na memória ainda está um raio que acertou no antigo posto e que deixou marcas na pedra de granito que lhe servia de base. O novo posto, construído em 2007, tem um pára-raios, mas mesmo assim prefere não arriscar.
Vasco Costa conhece quase de cor os nomes de todas as localidades que consegue avistar, graças aos muitos anos de experiência. Trata-se de uma mais-valia muito importante quando chega a altura de contactar a Equipa de Manutenção e Exploração da Informação Florestal (EMEIF) da GNR, para que esta depois avise o Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) para que este mobilize os bombeiros para o combate.
O entusiasmo e a motivação que o vigilante demonstra durante a conversa com o nosso Jornal é contagiante, não sendo fácil de acreditar que em Janeiro já está a ligar para a GNR a perguntar quando é que abrem os postos de vigia.
Foi essa motivação e também a experiência que levou a GNR a contratar directamente os 80 homens e mulheres que este ano prestam serviço nos 20 postos em três turnos diários de oito horas. "O ano passado foram recrutados desempregados e a experiência não correu bem. Faltava a mais-valia da motivação e do conhecimento do terreno", explica o major Paulo Fernandes, do Gabinete de Relações Públicas do Grupo Territorial de Viseu da GNR.
Por essa razão, este ano 70 por cento dos vigilantes já têm experiência, sendo os restantes 30 por cento compostos por pessoas indicadas pelos primeiros e por cidadãos que se foram inscrever na GNR.

Responsabilidade
muito grande
Viseu é actualmente um dos distritos com a maior mancha florestal do país, pelo que o major Paulo Fernandes admite que o peso da responsabilidade é muito grande. O que explica que todo o dispositivo dos Núcleos de Protecção do Ambiente, que existem em cada um dos cinco destacamentos distritais do distrito, estejam, nesta altura do ano, empenhados a 100 por cento na prevenção e no combate aos fogos florestais.
O responsável da GNR referiu ainda que o esforço feito pelas várias entidades envolvidas na prevenção e no combate dos fogos florestais no sentido de esclarecer as pessoas sobre os perigos que algumas das suas atitudes podem ter, nomeadamente, quando fazem queimadas, está a ter frutos.
"As pessoas, principalmente o público-alvo - os agricultores, os pastores e os caçadores - começam a respeitar a legislação", assegura.

DV

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