As imagens de seis soldados israelitas a dançar coreografados durante uma patrulha em Hebron, na Cisjordânia, estão a causar polémica, em Israel.
Os militares da unidade naval do Exército israelita combinaram terminar os três anos de serviço militar fazendo um vídeo musical, gravado em plena zona história da Cisjordânia. Planearam, terão treinado e executaram na perfeição a coreografia, apesar de armados e equipados com coletes à prova de bala, durante uma patrulha nas ruas daquela cidade histórica
Os soldados bailarinos fizeram sucesso na Internet, mas só até os oficiais terem decidido abrir uma investiagação disciplinar. "Trata-se de uma brincadeira de vários soldados. Claro, que preferíamos que não o tivessem feito e que não tivesse chegado à Internet. Mas ao mesmo tempo, o vídeo mostra que os soldados são seres humanos e, neste caso, muito jovens”, disse um oficial do exército, em declarações ao “El Mundo”, que ainda assim duvida que o número tenha sido feito durante uma patrulha.
Após a gravação, os militares colocaram o “hit” no You Tube, com o título “Rock the Casbah em Hebron”, para assim propagar o talento pela rede. Só mais tarde se aperceberam do erro, quando a dança de despedida foi interpretada por alguns cibernautas como um gozo aos palestinianos. "É uma piada à ocupação”, lê-se entre as reacções. Os soldados decidiram retirar o vídeo e informar os superiores.
Depois de retirado, o vídeo foi novamente publicado por um outro utilizador, que mudou o título da dança dos militares para "É fácil rir da ocupação quando se é o ocupante”.
O assunto voltou, hoje, terça-feira, aos media internacionais, no mesmo dia em que o presidente norte-americano, Barack Obama, e o primeiro ministro israelita, Benjamin Netanyahu, se reúnem na Casa Branca, tendo como um dos principais temas de agenda o reinício do diálogo directo entre palestinianos e israelitas.
JN
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