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segunda-feira, 22 de março de 2010

Usam máscara para sequestrar e roubar mulheres...

Usam máscara para sequestrar e roubar mulheres

Grupo de jovens altamente violento fez pelo menos nove vítimas em dois meses

Sempre mascarados, um deles com uma "caraça de Carnaval medonha" - como a descreve a própria Polícia Judiciária (PJ) e como se pode ver na foto -, um grupo de jovens na casa dos 20 anos e altamente violento sequestrou e roubou, sob ameaça de uma pistola, pelo menos nove mulheres em apenas dois meses.

A PJ deteve um desses homens, de 25 anos, na quarta-feira e que já está em prisão preventiva, mas garante estarmos perante um "grupo de marginais muito perigosos e constituído por seis a oito elementos ainda por identificar".

Os crimes decorreram entre o início de Janeiro e 3 de Março em Lisboa e arredores - Cacém, Odivelas, Alfragide e Caxias. Em todos, a abordagem foi similar. Trocando informações via telemóvel, os agressores abordavam mulheres durante a noite ou madrugada. Viam uma mulher sozinha e, independentemente do seu perfil, seguiam-na até ao carro e aí dois ou três homens sequestravam-na e transportavam-na no próprio automóvel até a roubarem.

"Um dos indivíduos tomava o comando da viatura, enquanto os outros dois manietavam e vendavam a vítima com cachecóis no banco de trás", disse ao DN fonte da PJ, adiantando que era nestas condições e sob ameaças à integridade física, que os agressores exigiam os cartões de débito e o código. Já junto a um multibanco eram levantadas elevadas quantidades de dinheiro - entre os 400 e os 1800 euros - que ao todo somaram mais de cinco mil euros.

De acordo com a Judiciária, quando as vítimas resistiam a dar os cartões (podia ser um ou mais) ou forneciam o código errado (o que aconteceu em algumas situações), as ameaças eram redobradas. "Algumas mulheres chegaram a ter a arma de fogo apontada à cabeça e foram ameaçadas de morte, uma situação altamente traumatizante para as vítimas", sublinhou a fonte da PJ, acrescentando que algumas das mulheres disseram nos seus depoimentos que os agressores recebiam, através de telemóvel, instruções de alguém - ainda por identificar pela PJ - de como prosseguir.

Já na posse do dinheiro e de todos os objectos das vítimas que pudessem gerar lucro, como jóias, telemóveis ou computadores portáteis, as mulheres eram transportadas sempre manietadas, vendadas e sob ameaça para um outro local onde eram largadas à sua mercê e após uma tortura que, se nalguns casos durou 45 minutos, outros chegou a ultrapassar as seis horas.

As mulheres eram libertadas geralmente na zona da Amadora, onde a PJ pensa ser a sede onde estes indivíduos se reuniam e a zona de residência do indivíduo agora detido. Aqui, e após largarem as vítimas, os agressores entravam numa viatura que já estava à sua espera. A chave do carro das vítimas não era deixada à vista para que estas perdessem algum tempo à sua procura. Tempo esse que lhes permitia afastarem-se sem que as autoridades fossem alertadas.

Mas logo que foi possível, estas nove mulheres denunciaram a situação e a PJ investigou, estando ainda a fazer diligências para chegar aos restantes indivíduos que se encontram a monte e para apurar se, até à data, houve mais vítimas.

Com um mandado de busca do Tribunal de Sintra, a PJ apreendeu uma caçadeira de dois canos serrados sobrepostos, munições, uma pistola, telemóveis, gorros, cachecóis e a máscara. "Só o facto de terem uma caçadeira com estas características denuncia a prática de crimes altamente violentos", concluiu a fonte da PJ.

Diário de Noticias

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