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Radio Viseu Cidade Viriato

quinta-feira, 25 de março de 2010

O gráfico que virou fadista...

Natural de S. Pedro da Cova, editou um disco com 11 fados originais, inspirados no concelho de Gondomar.

Foi numa barbearia que, aos 12 anos, começou a revelar dotes de fadista. "Na Barbearia Monteiro faziam--se fados. Era tudo na brincadeira. Ia sempre ouvir e foi lá que comecei a cantar com os meus amigos, que ainda hoje são meus guitarristas, o Joaquim Martins (na guitarra) e o Manuel Baptista (na viola)", recorda, ao JN, José Giesta, agora com 62 anos.

Desde então, o fado "castiço, tradicional" foi um bichinho que nunca mais largou, apesar de não ter conhecimento de que alguém da família alguma vez tenha cantado. "Adoro cantar, mas é mais como passatempo. O fado nunca me levou a abandonar o meu trabalho", refere José Giesta que, durante 45 anos, conciliou a sua actividade profissional de gráfico com sucessivas noites de fado. "Já actuei em várias casas e até ganhei um segundo lugar numa noite de fados", sublinha, com orgulho. José Giesta até já participou na gravação de dois discos. Faltava um seu. Sonho que concretizou há dois meses, com um gostinho especial, porque todas as canções são dedicadas à sua terra: Gondomar. "Sou natural de S. Pedro da Cova. Por isso, Gondomar é a minha terra e natural fonte de inspiração", justifica, salientando que até "ainda ninguém tinha gravado nada sobre o concelho".

Daí que o disco, com 11 canções inéditas, comece precisamente com um fado dedicado a Gondomar, que diz ser o seu "berço" e o seu lar". "Filigranas são o espelho deste bonito concelho, cidade do meu país. São de uma rara beleza e a sua singeleza faz o seu povo feliz", canta o fadista.

"Canção para os meus netinhos" é, no entanto, a sua música preferida do disco. "Passou várias vezes na rádio e tinha sempre muitos pedidos", destaca José Giesta, que tem Fernando Farinha e Amália Rodrigues como ídolos no mundo do fado.

Agora reformado, José Giesta tem mais tempo para cantar e as actuações não faltam. "Ainda este fim-de-semana estive nos Bombeiros de Vizela", revela. Por isso, tem que cuidar da voz. O segredo é simples. "Todos os dias, bebo mais de três litros de água", diz.

Jornal de Noticias

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