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Radio Viseu Cidade Viriato

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Crianças no centro das atenções, mas pediatras aconselham a não exagerar nos cuidados...


A directora-geral da Organização Mundial de Saúde suavizou ontem o seu discurso sobre a gripe A, notando que o H1N1 não terá evoluído para formas mais graves e que as vacinas estão a revelar-se "muito eficazes".


"O vírus pode sofrer mutações a qualquer momento, mas desde Abril que podemos verificar, com base em dados fornecidos por laboratórios do mundo inteiro, que o vírus é muito semelhante" ao seu estado anterior, disse Margaret Chan, falando na reunião anual da OMS para o Pacífico Ocidental, em Hong Kong.


Assegurando que a OMS continua a monitorizar o vírus, acrescentou que "apenas os pacientes de alto risco, como os idosos, obesos e as pessoas com doenças crónicas poderão ser fortemente afectadas pelo vírus".


Ainda ontem um artigo publicado na revista britânica de doenças infecciosas, "The Lancet Infectious Diseases", chamava a atenção para a necessidade de encorajar a vacinação de doentes crónicos como os cardíacos e os diabéticos, estabilizando o risco de acidente vascular cerebral.


Ensaios clínicos realizados nos Estados Unidos da América mostraram que uma única dose 15 microgramas de vacina contra o vírus H1N1 é suficiente para proteger crianças e adolescentes entre os 10 e os anos com boa saúde, tal como para os adultos dos 18 aos 64 anos.


No entanto, crianças com menos de 10 anos mostraram uma resposta imunitária menos forte, devendo necessitar de duas doses. Os ensaios com indivíduos entre os seis meses e os 18 anos iniciaram-se nos EUA em Agosto.


Os bebés até um ano fazem parte dos grupos de risco, tal como as grávidas, as pessoas em contacto com os recém-nascidos, o pessoal de saúde e os adultos com menos de 65 anos com doenças crónicas.


As crianças estão a ser objecto de atenção especial, mas pediatras pedem contenção no exagero. O Hospital da Luz, em Lisboa, retirou todos os brinquedos das salas de espera pediátricas para evitar o contágio com a gripe A. Já antes o Hospital Pediátrico Dona Estefânia, na capital, retirara também os brinquedos das salas de espera da urgência e das consultas externas.


A Sociedade Portuguesa de Pediatria explica, no entanto, que basta retirar os de lavagem difícil, como os peluches. Para os restantes, são suficientes desinfectantes comuns de limpeza doméstica e água.


O pediatra Luís Almeida Santos, do Hospital de S. João, no Porto, teme que se crie um ambiente de "paredes lisas das prisões". O seu colega Mário Cordeiro duvida que a medida "nos livre da gripe A" e avisa que "não criará hábitos higiénicos para prevenir todas as ouras infecções e deixa as crianças com outra doença: o tédio, a monotonia e o receio". Ambos recomendam "bom senso" e "limpeza regular apurada".



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