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Radio Viseu Cidade Viriato

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

A espera de decisões...

O percurso da 71.a edição da Volta a Portugal em bicicleta, que começa hoje em Lisboa, reserva as decisões para os dois últimos dias, com uma subida à Torre e um contra-relógio em Viseu.
Com 28,5 quilómetros de extensão e cinco por cento de inclinação média, a única ascensão verdadeiramente selectiva da corrida, entre Seia e o ponto mais alto de Portugal continental, vai eleger à nona etapa, e em definitivo, os candidatos à vitória na Volta, que este ano relega a Senhora da Graça para a primeira metade (5.a etapa).


A capacidade de recuperação do desgaste acumulado ao longo dos dias anteriores terá então um papel determinante para os pretendentes à sucessão do espanhol David Blanco, vencedor de 2006 e 2008, que depois do grande maciço terão ainda pela frente um “crono” de 30,8 quilómetros, a 16 de Agosto.


À semelhança do que sucedeu em 2007, com Xavier Tondo, e em 2003, com Nuno Ribeiro, o vencedor, que por vir anunciado de véspera, será confirmado nas ruas de Viseu, num percurso plano polvilhado de rotundas (30).


Embora os momentos decisivos dos 11 dias de corrida estejam previstos para o final, a Volta a Portugal apresenta um percurso de 1.601 quilómetros com diversos outros pontos de interesse, a começar pelo prólogo em Lisboa.


No regresso da capital ao mapa da prova rainha do ciclismo português, um original contra-relógio de 2,4 quilómetros desenhando na Av. da Liberdade vai estabelecer a primeira hierarquia. E além dos especialistas também os sprinters terão a palavra neste curto traçado, que desce e sobe a principal artéria da cidade.


Sem passar pelo Sul do país, os corredores enfrentam depois duas tiradas “planas”, a primeira a ligar Caldas da Rainha a Castelo Branco - a mais longa, com 228,7 quilómetros - e a segunda entre Idanha-a-Nova e a Guarda (175 km), com um final em circuito a prometer o registo de algumas diferenças na chegada (3.a categoria), onde haverá uma primeira passagem.
Na primeira abordagem à Serra da Estrela, a terceira etapa, entre o Fundão e Gouveia (164,3 km), oferece um teste aos trepadores, com a contagem de primeira categoria nas Penhas Douradas (16,8 km a 3,7%), mas, com os favoritos previsivelmente resguardados, as atenções concentram-se na chegada nas ruas empedradas de Gouveia (3.a categoria), igualmente com duas passagens na meta.


Emoções mais fortes esperam-se para a quinta etapa, que vai obrigar os favoritos a mostrar-se, entre Trancoso e o Alto de Nossa Senhora da Graça, em Mondim de Basto (158,1 km), com contagens de montanha de primeira categoria na Barragem no Alvão (9,3 km a 6,8 %) e na meta instalada no topo do incontornável Monte Farinha (8,3 km a 7,7 %).


Com os candidatos ao triunfo já concentrados no cimo da classificação, o pelotão goza um dia de descanso antes de enfrentar a segunda metade da corrida, com três etapas consagradas aos sprinters, a quinta (Felgueiras-Fafe, 184,6 km), a sétima (Póvoa de Varzim-São João da Madeira, 161,8 km) e a oitava (Gondomar-Aveiro, 166,1 km).


Pelo meio, a sexta etapa, com início em Barcelos e final no alto de Nossa Senhora da Assunção, em Santo Tirso (174,6 km), vai estabelecer as derradeiras diferenças na frente, antes de os candidatos enfrentarem a decisiva fase final.


Na penúltima tirada, a mais curta (154,6 km), regressam os terrenos mais acidentados. Partindo de Oliveira do Bairro, os ciclistas, já na Serra da Estrela, sobem ao alto do Carrazedo (9,7 km, a 6,8 %) antes da “escalada” à Torre, onde a meta coincide com contagem de montanha de categoria especial.


Quem falhar no maciço serrano dificilmente poderá recuperar no dia seguinte, em Viseu, na luta solitária contra o tempo.


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