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Radio Viseu Cidade Viriato

domingo, 14 de março de 2010

Saiu da Urgência para salvar o filho com ataque de asma...

Após sete horas de espera em vão, valeu-lhe ter recorrido ao Centro de Saúde de Amora

Desesperada pelas mais de sete horas que estava à espera para que o filho fosse atendido nas urgências do Hospital Garcia de Orta, em Almada, uma mãe do Seixal viu-se ontem "obrigada" a abandonar o serviço com o agravar da crise asmática do jovem.

"Saí do hospital sem o João ser atendido, sem ter alta, e fui para o Centro de Saúde da Amora. Chegámos ao hospital eram 00.50 horas e saímos de lá às 08.24 horas", conta Ângela Silva, de 40 anos, mostrando-se angustiada com o facto de o filho asmático ter passado a noite inteira numa espera em vão.

Foi por essa razão que a última coisa que fez antes de sair do Hospital Garcia de Orta (HGO) foi apresentar uma queixa no livro de reclamações. "Fiquei indignada, porque não viram um menino de 15 anos. E se foi de ambulância é porque a situação era grave. Ele já nasceu asmático e é seguido no Garcia de Orta. Daí a minha revolta ser maior", reforça, mencionando que anteviu o pior quando soube que à frente do filho, que não tinha uma crise de asma há dois anos, estavam entre 15 a 16 pessoas.

Ele tinha lá ficado...

"Se não tivesse abandonado a urgência ele tinha lá ficado. Provavelmente agora não terá problemas, porque foi bem atendido, mas poderia ter sido pior se eu tivesse lá continuado", afirma, dizendo que a situação foi-se agravando com o passar das horas.

Para Ângela Silva, o problema não é a má qualidade do serviço, mas sim a falta de atendimento. "Esta é uma chamada de atenção para que o se passou não volte a acontecer", nota.

Pouco depois das 9.00 horas, João deu entrada no serviço de atendimento permanente (SAP) de Amora, Seixal, onde foi tratado de imediato. Com uma crise asmática no contexto de uma infecção respiratória, o jovem fez compensação da crise com broncodilatores e foi-lhe receitado um antibiótico para tratar a infecção respiratória, tendo regressado a casa pelas 10 horas.

Sobre este caso, o HGO esclarece que a triagem atribuiu ao João a pulseira amarela, que significa uma situação urgente, o que nem sempre implica atendimento imediato. "A criança tem falta de ar, é-lhe atribuída uma prioridade, mas temos de ver que falta de ar tem", explicou ao JN fonte hospitalar, considerando difícil que tenha sido feito um diagnóstico incorrecto. "O sistema praticamente não tem falhas", assegura.

Admitindo que as longas horas de espera são habituais, a unidade estima que, se permanecesse no serviço, o jovem não teria esperado muito mais tempo, dado que pelas 11 horas foi passada alta por abandono. "Em situações de pulseira amarela a espera é neste momento de seis horas", frisa, garantindo que ontem "não houve uma sobrecarga".

Fonte do SAP da Amora confirmou ao JN já ter recebido outros doentes que se cansaram de esperar nas urgências do HGO, nomeadamente um idoso com falta de ar que chegou à unidade "aflito" após ter estado quatro horas a aguardar nas urgência hospitalar.

Jornal de Noticias

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