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Radio Viseu Cidade Viriato

sábado, 1 de agosto de 2009

Solicitadora e empresária detidas pela PJ foram libertadas pelo tribunal...

Uma empresária e uma solicitadora foram detidas, ontem, sexta-feira, pela Polícia Judiciária por suspeitas de burlas com promessas de trabalho no estrangeiro, sobretudo em Angola. Foram identificados 80 queixosos, mas o número pode atingir três mil.


Uma das mulheres, de 52 anos, era a dona da sociedade unipessoal "Moredo Prestige", na Rua de Santa Catarina, Porto. A outra (solicitadora), de 51 anos, era "mandatária" com poderes de representação da firma. Interrogadas no Tribunal de Instrução Criminal do Porto, ambas saíram em liberdade, sujeitas a apresentações periódicas à Polícia.


Através de anúncios em jornais, publicitavam a procura de candidatos a empregos no estrangeiro, desde o último trimestre do ano passado. As ofertas incidiam em Angola e na área da construção civil. Mas também houve casos em que os destinos seriam França, Suíça, Bélgica, Canadá e Argélia, sendo as limpezas e os trabalhos na área da decoração outras actividades possíveis.


Atraídos pela promessa de trabalho com ordenados chorudos (cerca de cinco mil euros), os candidatos - muitos desempregados de todo o país, mas principalmente do Norte e outros que deixaram os empregos que tinham - teriam de desembolsar antecipadamente quantias entre 500 e 600 euros. Uma verba que serviria para "inscrição", "exames médicos" e "seguro".


Só que, afinal, segundo a PJ do Porto, as mulheres nunca arranjaram trabalho para ninguém. Em alguns casos, terá sido dada a justificação de já não haver vagas e ter de ser avaliada a hipótese de outros países.


Perante o logro, as reclamações ganharam volume ao ponto de os trabalhadores se juntarem à porta da sede e obrigarem à chamada da PSP, por causa de tumultos.


Até agora, há 80 vítimas identificadas e uma estimativa de lucro ilícito de 65 mil euros. Mas a documentação recolhida aponta já para que os lesados sejam mil e há testemunhos credíveis que atiram esse número para os três mil .


Perante estes indícios, a PJ partiu para buscas e detenção das mulheres. As duas têm antecedentes também por suspeitas de burla. A empresária chegou a estar em prisão preventiva.


Além das duas mulheres, neste processo foi já constituída a empresa, que iniciou a sua actividade no último trimestre do ano passado. No momento das detenções, a firma ainda estava a laborar, embora já não nas instalações da Rua de Santa Catarina. Pela investigação foram também detectados negócios relacionados com obras de arte e jóias.


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