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Radio Viseu Cidade Viriato

terça-feira, 28 de julho de 2009

Se fossem receitados genéricos sempre que existem, utentes poupariam 74 milhões de euros...

Se o utente levasse para casa a versão genérica de 60 dos medicamentos mais vendidos, o país pouparia 101 milhões de euros por ano. A contabilidade é da Deco e encaixa em contas já feitas pela Associação Nacional de Farmácias.


A Associação de Defesa dos Consumidores avaliou as vendas e os preços dos 150 medicamentos mais vendidos em Portugal. De entre eles, 60 têm alternativas sem marca mais baratas. Se só fossem tomadas as alternativas, os utentes poupariam, por ano, mais de 74 milhões de euros. E o Estado, do seu lado, gastaria menos 26 milhões em comparticipações. No total - feitas as contas ao volume de vendas do ano passado -, seriam 101 milhões em poupança.


Publicado na edição de Agosto da revista "Teste Saúde", o estudo vem curiosamente encaixar em previsões feitas em Abril pela Associação Nacional de Farmácias (ANF). Três dias depois de implementar a dispensa de genéricos mesmo sem autorização do médicos - que acabaria suspensa por pressão do Ministério da Saúde (MS) -, a ANF calculou que a entrega de genéricos sempre que o doente a aceitou permitiu poupar nesse curto período 124 mil euros (84 mil para o Estado). Com base na amostra, concluiu que, por ano, a dispensa de genéricos nas farmácias sempre que estes existam levaria o Estado a gastar 50,8 milhões de euros em comparticipações. Já a carteira do utente beneficiaria em 69,6 milhões.


Recorde-se que os genéricos são, no mínimo, 35% mais baratos do que o medicamento de marca de origem. E, segundo a comissária europeia da concorrência, ao fim de dois anos no mercado, chegam a ser 40% mais baratos do que a substância de origem. No entanto, em Portugal, os médicos continuam a receitar medicamentos mais caros em 56% dos casos, segundo contas da Autoridade Nacional do Medicamento.


A Deco vem agora pôr mais uma acha na fogueira: sugere ao MS que obrigue a respeitar a lei segundo a qual o medicamento tem que ser prescrito pelo nome da substância activa, podendo o médico acrescentar, a seguir, o nome do laboratório, bem como não autorizar a sua substituição na farmácia. Mas, nestes casos, a associação de consumidores diz que o prescritor "deveria justificar expressamente essa opção na receita".


Insistindo que um genérico é equivalente ao original na eficácia, qualidade e segurança, apresenta alguns exemplos. Um deles, o Risidon, para a diabetes, custa 6,20 euros: 2,37 euros são a cargo do utente, que, se tomasse o genérico, desembolsaria 20 cêntimos. Se só tomassem este, os utentes poupariam 3,2 milhões de euros por ano.


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