A Polícia Judiciária (PJ) já sabe, há cerca de 15 dias, que Kate e Gerry pretendem regressar a Leicester, cidade onde residem na Inglaterra. Fonte ligada a investigação garantiu, ontem, ao JN, que durante uma das reuniões informais que os investigadores têm tido, o casal McCann anunciou que iria regressar a casa no final deste mês.
A revelação de Gerry há dois dias, de que a família teria de voltar a casa por causa dos gémeos de dois anos que precisam de estabilidade, não apanhou desprevenidos os investigadores que há algum tempo sabiam da intenção do casal. "Eles são testemunhas pelo que podem estar aqui ou em casa", explicou a fonte.
O anúncio à PJ do regresso dos McCann surgiu na mesma ocasião em que um cão pisteiro da Polícia inglesa teve uma reacção "forte" dentro da viatura que o casal alugou após o desaparecimento da filha, Madeleine. Uma reacção que deixou os investigadores intrigados.
A Renault Mégane foi demoradamente analisada, há mais de uma semana, pelos técnicos do Laboratório de Polícia Científica, que retiraram alguns vestígios que estão a ser analisados e que poderão ajudar a explicar se a viatura estará ou não relacionada com o desaparecimento da menina. O que é facto é que o "springer spaniel" Eddie, que detecta de imediato o odor a cadáver, teve uma reacção muito forte - que os investigadores tentam entender - dentro do automóvel, uma vez que Kate e Gerry ocuparam a viatura dois ou três dias após a filha ter desaparecido do quarto onde se encontrava a dormir, no passado dia 3 de Maio, no apartamento Ocean Club (Praia da Luz).
Os cães tiveram também reacções fortes dentro do apartamento que os McCann ocuparam durante a sua semana de férias, e também noutros locais na Praia da Luz.
Os vestígios de sangue encontrados na sala, detectados pelo outro cão, Keela, continuam a ser analisados pelos técnicos do instituto forense de Birmingham. Os resultados devem chegar a qualquer momento aos investigadores, após ter sido ultrapassado o prazo previsto pelos técnicos. É que contrariamente ao previsto, a revelação das conclusões das análises têm sido adiadas sistematicamente pelos britânicos, devido à degradação e contaminação dos vestígios recolhidos, quase três meses depois do desaparecimento da criança.
Enquanto aguardam os resultados, os investigadores continuam a realizar algumas diligências e têm marcado para amanhã uma nova inquirição a uma testemunha, que já tinha sido ouvida. Pamela Fenn, 70 anos, que reside no apartamento por cima do que foi ocupado pelos McCann, terá dito em Maio, quando foi inquirida pela primeira vez pelos inspectores, que durante a semana de férias, ouviu choro de crianças e alguém a gritar "daddy, daddy (papá, papá)". A mulher, que vive sozinha na Luz, irá esclarecer algumas dúvidas. A possibilidade dos McCann e dos amigos terem, ao longo da semana de férias, deixado os filhos a dormir sozinhos enquanto jantavam no restaurante "Tapas", do aldeamento, continua a ser investigada, bem como as contradições em vários depoimentos.
"Fundo não paga estadia"
Gerry McCann diz no seu blogue, na Internet, (http// www.findmadeleine.com) que a estadia no Algarve não está a ser paga com o dinheiro do fundo criado para ajudar a procurar a filha, Madeleine, de quatro anos. "Gostava de sublinhar que o fundo da Madeleine não pagou nenhum alojamento em Portugal», escreve Gerry.
"Estamos alojados numa moradia modesta e não numa vivenda luxuosa, como foi dito pela imprensa portuguesa, que não tem piscina e que foi das mais baratas que encontrámos", diz o pai de Madeleine.
Contradições
Os depoimentos contraditórios que o casal McCann e os seus amigos fizeram, quando foram inquiridos pelos investigadores, continuam a centrar as atenções dos inspectores. Em cima da mesa estão, ainda, os testemunhos dos vários funcionários do Ocean Club, designadamente aqueles que na noite de 3 de Maio se encontravam no restaurante Tapas, onde o casal jantou. Há também depoimentos de mais de uma centena de pessoas, já recolhido pelos inspectores.
Amostras
Todos os vestígios recolhidos no apartamento onde os McCann passaram férias e em dez viaturas pertencentes a Robert Murat e ao seu núcleo familiar e de amigos, bem como aquela que foi alugada por Kate e Gerry após o desaparecimento da filha, continuam a ser analisados. Alvo de peritagem pelos técnicos de do Laboratório de Polícia Científica foi também uma viatura, Opel Corsa, alugada de 28 de Abril a 6 de Maio, por um casal inglês que também passou férias no Ocean Club.
Robert Murat
O cidadão luso-britânico continua a ser o único arguido. No início do mês, a Polícia voltou a investigar-lhe a casa, desta vez com os cães pisteiros ingleses, que não tiveram qualquer reacção.
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