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sábado, 3 de abril de 2010

Pedófilo inglês detido no Algarve...

Pedófilo inglês detido no Algarve

Suspeito de 73 anos é procurado por vários abusos sexuais de crianças na Austrália e na Nova Zelândia

Alojou-se sozinho num parque de campismo de Olhão, no Algarve, que visitava regularmente desde há três anos, para escapar aos inúmeros processos por abusos sexuais de menores que correm na Austrália e na Nova Zelândia. Aos 73 anos, o inglês Roderick Robinson andava fugido há mais de dez. A Polícia Judiciária apanhou-o anteontem. Agora, fica preso até ser extraditado para a Austrália.

"Até metia pena", descreveu quem viu o homem já idoso a entrar ontem no Tribunal da Relação de Évora para ser ouvido por um juiz. Robert Robinson não se opôs a ser extraditado para a Austrália a fim de ser julgado pelos crimes que cometeu. Nem negou sequer os crimes sexuais contra menores que lhe são imputados.

Foi este comportamento que manteve quando na manhã do dia anterior a PJ entrou no parque de campismo de Olhão, no Algarve, para o deter. "Não ofereceu qualquer resistência", disse a PJ.

O suspeito estava na sua auto- caravana, alojado naquele parque há dois meses. Deu um nome verdadeiro e tinha tudo legal, como a carta de condução. Mas nem sempre foi assim ao longo dos anos em que andou fugido. "Chegou a apresentar identificação falsa para pernoitar nalguns locais", avançou fonte da PJ.

Após o mandado de detenção ser divulgado pela Interpol, as polícias de vários países partilharam informações e excluíram percursos à medida que havia suspeitas da sua presença. As últimas informações indicavam o Algarve como possível destino deste inglês, nascido na Escócia.

A PJ já se tinha deslocado ao parque para ver se coincidia com a informação e a imagem divulgadas no mandado de detenção internacional. Quando o detiveram já tinham a certeza de que estavam perante um suspeito de "vários crimes".

Segundo outra fonte ligada ao processo, Roderick Robinson ainda não foi julgado. Na Austrália foi acusado de vários crimes de abuso sexual de menores e de agressão sexual agravada em vítimas menores - incorre numa pena de 20 anos. Na Nova Zelândia, por crimes semelhantes, poderá vir a cumprir uma pena até dez anos. De acordo com fonte da PJ, todas as vítimas tinham menos de dez anos.

A PJ garante que em Portugal não há suspeitas de crimes cometidos por Robinson. "Não há nenhuma indicação nesse sentido", refere. Ainda assim, em comunicado, a PJ descreveu-o como "um indivíduo procurado internacionalmente há já vários anos, e referenciado policialmente como perigoso agressor sexual de menores".

Robinson foi ontem presente ao Tribunal da Relação de Évora para lhe ser aplicada a medida de prisão preventiva até decisão da extradição. Como não se opôs a ser julgado na Austrália, as autoridades judiciais daquele país têm agora 18 dias para fundamentarem a extradição. Ou 30 dias, caso justifiquem porquê.

Depois cabe ao tribunal decidir se extradita ou não, de acordo com as leis vigentes naquele país. Segundo a lei, se as penas no país de destino atentarem contra os direitos humanos - como casos de tortura ou de pena de morte -, Portugal pode recusar a extradição e o suspeito será julgado de acordo com as leis penais portuguesas. Não é o caso da Austrália e da Nova Zelândia.

DN

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