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Radio Viseu Cidade Viriato

quarta-feira, 31 de março de 2010

AVC mata 16 mil em cada ano...

O controlo do peso, da tensão arterial e dos níveis de açúcar são   fundamentais para prevenir o AVC.
O controlo do peso, da tensão arterial e dos níveis de açúcar são fundamentais para prevenir o AVC.

Portugal: É a primeira causa de morte

Falta de força num braço, uma distorção lateral da boca – a chamada ‘boca ao lado’– e dificuldade em falar são sinais que não devem ser ignorados pois há a possibilidade de ocorrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Perante estes sintomas, o doente deve ser transportado com urgência para o hospital. "Em caso de suspeita de AVC o mais eficaz é contactar o 112 e o doente será orientado para o hospital mais próximo que disponha do tratamento adequado. Os médicos são avisados para estarem à espera e agilizarem os procedimentos intrahospitalares", explica Carla Ferreira, da Sociedade Portuguesa de AVC.

Anualmente, em Portugal morrem cerca de 160 doentes vítimas de AVC por cada 100 000 habitantes, 'o que corresponde a duas mortes por hora, aproximadamente', refere a especialista. Os idosos e os doentes hipertensos, fumadores, diabéticos, obesos, com colesterol elevado, arritmias cardíacas e com consumo de álcool em excesso são os principais grupos de risco.

O AVC tem 'consequências neurológicas e físicas' que obrigam a um processo de reabilitação específico. 'Mais de metade dos doentes que sofre um AVC e sobrevive fica dependente de terceiros para os seus cuidados de vida diária', afirma Carla Ferreira. Nas clínicas e instituições de reabilitação existem programas elaborados por especialistas e executados por técnicos de reabilitação adaptados a cada doente.

O processo de recuperação continua em casa, assumindo os familiares e os amigos o papel de 'médicos'. Para a neurologista é 'fundamental não deixar os doentes acamados. Devem ser mobilizados frequentemente, incentivados a tirarem partido do que conseguem fazer, bem como estimulados intelectualmente'.

A prevenção do AVC é possível e consiste na alteração dos hábitos e comportamentos individuais. O sedentarismo, a obesidade e o estilo de vida pouco saudável são inimigos do coração. A alimentação saudável, rica em legumes, frutas e cereais integrais com pouco sal, gorduras e açúcares, associada à prática regular de exercício físico, é o ponto de partida para prevenir as doenças cardiovasculares.

O controlo do peso, da pressão arterial e o nível de gorduras e açúcar no sangue são acções que devem estar incluídas na rotina diária. Os fumadores devem diminuir os seus hábitos tabágicos.

DOENÇAS CARDIOVASCULARES ATINGEM ALTA COMPETIÇÃO DESPORTIVA

PAVÃO, FUTEBOLISTA

O jogador do FC Porto faleceu em 1973 na sequência de uma paragem cardiorrespiratória, durante um jogo contra o Vitória de Setúbal. Foi o primeiro caso de morte súbita conhecido em Portugal.

BRUNO NEVES, CICLISTA

O ciclista profissional morreu, a 11 de Maio de 2008, em competição. A autópsia revelou que a causa da morte foi uma arritmia provocada por uma insuficiência respiratória aguda.

BRUNO BAIÃO, FUTEBOLISTA

O médio da equipa júnior do Benfica morreu, em 2004, após quatro dias em coma. O atleta sofreu duas paragens cardiorrespiratórias, a primeira no café dos pais e a segunda já no hospital.

WIDEMOND, BASQUETEBOLISTA

O base norte-americano, Kevin Widemond, da Ovarense, morreu em 2009 no intervalo do jogo contra a Académica de Coimbra, na sequência de uma paragem cardíaca.

FEHÉR, FUTEBOLISTA

O avançado encarnado faleceu, a 25 de Janeiro de 2004, no final do jogo contra o Guimarães, na sequência de uma arritmia cardíaca provocada, provavelmente, por uma cardiomiopatia.

M. V. FOE, FUTEBOLISTA

O médio camaronês Marc-Vivien Foe caiu inanimado durante um jogo das meias-finais da Taça das Confederações com a Colômbia. Morreu nos balneários após sofrer um aneurisma.

PUERTA, FUTEBOLISTA

Em 2007, o defesa do Sevilha, António Puerta, morreu, após várias paragens cardiorrespiratórias sofridas no jogo contra o Getafe. Faleceu, aos 22 anos, no hospital, onde estava internado.

O MEU CASO: ANA MARIA LUCAS

'A MINHA NOVA VIDA É MAIS CALMA E MENOS TRISTE'

Ana Maria Lucas sofreu, a 3 de Fevereiro de 2009, um Acidente Vascular Cerebral que lhe afectou a fala e os movimentos da mão direita. No momento do AVC, a antiga Miss Portugal estava no carro com os seus dois filhos – Miguel e Francisco. 'A mãe está a ter um AVC', alertou Francisco, apresentador do programa ‘Top+’. 'Encolhi os ombros. Não quis acreditar e cinco minutos depois estava no hospital. Só me apercebi que era verdade quando o enfermeiro me perguntou o nome e eu não consegui dizer. Depois desmaiei,' relembra a comentadora social.

Ana Maria Lucas sempre se considerou uma mulher saudável. Os níveis de colesterol e de tensão arterial eram normais. 'Nunca estive doente', confessa, apontando o stress como a principal causa do AVC.

As sessões de terapia ocupacional e da fala preenchem a sua rotina diária. As transformações físicas e psicológicas decorrentes do AVC fizeram-na encarar a vida de outra forma. 'A minha nova vida é mais calma e menos triste porque apesar de parecer estar sempre alegre, no fundo não o era.' Contudo, o facto de não conseguir maquilhar-se sozinha foi a maior frustração. 'Actualmente já consigo pôr base, sombra, rímel e baton, mas só com a mão esquerda'.

Ana Maria Lucas nunca se refugiou em casa e fez sempre questão de estar entre amigos e familiares. 'Tive um AVC e ponto. Sou uma sortuda porque estou viva'.

'Controlem a tensão alta e o colesterol, evitem o stress e desfrutem a vida' são os conselhos que deixa.

PERFIL

Ana Maria Lucas venceu o concurso Miss Portugal de 1969, o que a fez saltar para a ribalta aos 19 anos. Tem desde então trabalhado na área da moda e do entretenimento. Actualmente, é comentadora social e de moda.

CHÁ VERDE

Beber três ou mais chávenas de chá verde ou preto por dia pode reduzir em cerca de 21% o risco de AVC

INFELICIDADE

Homens solteiros ou infelizes no casamento têm um maior risco de sofrer um Acidente Vascular Cerebral

ANTIDEPRESSIVOS

As mulheres idosas que tomam antidepressivos têm um risco maior de sofrerem um AVC

CM

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