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domingo, 3 de outubro de 2010

Protótipo de veículo eléctrico citadino "nasce" em Évora

Protótipo de veículo eléctrico citadino "nasce" em Évora


  Os bancos forrados a cortiça evocam a tradição alentejana, mas em tudo o resto é futurista um veículo eléctrico citadino, que mistura carro e scooter, construído por um engenheiro mecânico e alunos da universidade de Évora (UÉvora).

"É um conceito novo, que parte do princípio de que um utilizador", no trânsito, "precisa de algo parecido com uma mota. Terá que ser um veículo estreito, mas, se tiver que conduzir um passageiro atrás, convém que este esteja confortável", explicou à agência Lusa o engenheiro mecânico, Ricardo Melro.

O veículo, com duas rodas à frente e uma atrás, onde está alojado o motor eléctrico - tem uma autonomia estimada de 100 quilómetros -, é um dos projectos que a UÉvora leva à feira Portugal Tecnológico, que decorreu na FIL, em Lisboa..

O projecto de Ricardo Melro, licenciado pelo Instituto Superior Técnico (IST) e com mestrado em Gestão pela UÉvora, foi concebido, no papel, para um concurso de ideias da universidade alentejana.

Mesmo sem ganhar, o engenheiro mecânico, que tem formação na emblemática empresa automóvel italiana Pininfarina e foi responsável pelo projeto do carro super desportivo português, VINCI GT, deitou mãos à obra e construiu a viatura.

"Lembrei-me de tirar o projecto da gaveta e convidar alguns alunos do curso de Mecatrónica da universidade para participar", referiu, sem arriscar contabilizar as "muitas horas" passadas de volta do protótipo.
O trabalho decorreu numa oficina nas traseiras da sua casa em Évora, onde está sediada a empresa que criou, chamada Merula: "Dobrar tubos, soldar chapa, pintar, arranjar os bancos e montar os motores, foi tudo feito aqui, desde o final de Fevereiro".

Nos últimos dias, o grupo responsável pelo protótipo tem estado a garantir que funcione "nos mínimos aceitáveis" durante a mostra na FIL, a pensar em eventuais negócios.
"Já existem alguns contactos feitos", disse, tencionando, agora, "ver se há investidores interessados" em apostar no seu conceito "inovador", que tem, contudo, de ser tornado "mais leve, seguro e fácil de manusear".
Com carroçaria em chapa preta, a viatura eléctrica, que até possui cobertura e bagageira, pode ser carregada "em qualquer tomada" e atinge uma "velocidade máxima estimada de 70 quilómetros hora".

" frente, senta-se o condutor, enquanto, atrás, há lugar para um passageiro, ambos "protegidos por cintos de segurança", numa viatura que Ricardo visualiza como um possível "táxi executivo".
"O táxi prende no trânsito. Com este tipo de veículo, não tem esse problema", frisou, realçando que, como não é uma mota, não é preciso capacete: "O executivo chega ali, mete o cinto, coloca o casaco e a bagagem na bagageira e vai tranquilo e confortável".

"E com este tipo de veículos, além de fazerem muito pouco ou quase nenhum barulho, também não temos a questão da poluição", acrescentou, convicto de que estas viaturas são o futuro nas cidades: "Uma pessoa, quando está no meio do trânsito, precisa de se deslocar rapidamente e um Ferrari não lhe vale de nada".

DN

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