Genoma do parasita que provoca a doença nos humanos é parecido com o achado em parasitas alojados nas fezes dos primatas
A forma mais mortal da malária nos seres humanos terá evoluído, afinal, a partir de um parasita existente nos gorilas e não nos chimpanzés, como se pensava até agora. De acordo com um estudo recentemente publicado na revista Nature, "o genoma do parasita que causa a doença nos humanos é mais parecido com o encontrado em parasitas alojados nas fezes de gorilas do que de chimpanzés".
Na investigação, a equipa de cientistas norte-americanos, africanos e europeus estudou o genoma dos parasitas existentes em mais de três mil amostras de fezes de gorilas orientais e ocidentais, chimpanzés-pigmeu e chimpanzés e comparou-o com o do parasita da malária mais comum em África e causador da malária cerebral, o Plasmodium falciparum.
Os resultados indicam que o parasita encontrado no homem está, em termos de evolução, mais próximo do parasita dos gorilas ocidentais que habitam a África Central e Ocidental.
O trabalho desenvolvido por Beatrice Hahn, da Universidade de Alabama em Birmingham (EUA), e restante equipa permite deste modo concluir que, ao contrário do que a comunidade científica pensava nos últimos 15 anos, o Plasmodium falciparum não tem uma origem comum com o Plasmodium reichenowi, a espécie que causa a malária nos chimpanzés.
Outra das conclusões a que os investigadores chegaram é que a diversidade genética dos parasitas da malária é maior no gorila, o que leva a crer que o gorila terá funcionado como "reservatório", corroborando assim a tese de que este animal pode ter sido a origem dos parasitas que afectam os humanos.
Agora, os investigadores querem perceber se a transmissão de parasitas entre homens e gorilas se faz nos dois sentidos e se estes primatas são tão afectados pela malária como é o homem. Mais concretamente se os gorilas apresentam os sintomas conhecidos nos humanos e se podem morrer por causa desta doença.
Num artigo que analisa o estudo da Nature, Edward Holmes, investigador da Universidade da Pensilvânia (EUA), lembra que esta descoberta permite perceber por que motivo é o parasita humano tão homogéneo, ao mesmo tempo que abre portas a um "valioso catálogo genético que vai ajudar em muito a compreender a origem da doença no homem".
Com a descoberta agora revelada, o trabalho dos cientistas na procura de uma vacina para a malária pode ser facilitado. Anualmente esta doença mata pelo menos um milhão de pessoas, muitas das quais crianças, e causa cerca de 250 milhões de novas infecções.
DN
Na investigação, a equipa de cientistas norte-americanos, africanos e europeus estudou o genoma dos parasitas existentes em mais de três mil amostras de fezes de gorilas orientais e ocidentais, chimpanzés-pigmeu e chimpanzés e comparou-o com o do parasita da malária mais comum em África e causador da malária cerebral, o Plasmodium falciparum.
Os resultados indicam que o parasita encontrado no homem está, em termos de evolução, mais próximo do parasita dos gorilas ocidentais que habitam a África Central e Ocidental.
O trabalho desenvolvido por Beatrice Hahn, da Universidade de Alabama em Birmingham (EUA), e restante equipa permite deste modo concluir que, ao contrário do que a comunidade científica pensava nos últimos 15 anos, o Plasmodium falciparum não tem uma origem comum com o Plasmodium reichenowi, a espécie que causa a malária nos chimpanzés.
Outra das conclusões a que os investigadores chegaram é que a diversidade genética dos parasitas da malária é maior no gorila, o que leva a crer que o gorila terá funcionado como "reservatório", corroborando assim a tese de que este animal pode ter sido a origem dos parasitas que afectam os humanos.
Agora, os investigadores querem perceber se a transmissão de parasitas entre homens e gorilas se faz nos dois sentidos e se estes primatas são tão afectados pela malária como é o homem. Mais concretamente se os gorilas apresentam os sintomas conhecidos nos humanos e se podem morrer por causa desta doença.
Num artigo que analisa o estudo da Nature, Edward Holmes, investigador da Universidade da Pensilvânia (EUA), lembra que esta descoberta permite perceber por que motivo é o parasita humano tão homogéneo, ao mesmo tempo que abre portas a um "valioso catálogo genético que vai ajudar em muito a compreender a origem da doença no homem".
Com a descoberta agora revelada, o trabalho dos cientistas na procura de uma vacina para a malária pode ser facilitado. Anualmente esta doença mata pelo menos um milhão de pessoas, muitas das quais crianças, e causa cerca de 250 milhões de novas infecções.
DN
Sem comentários:
Enviar um comentário