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Madeleine

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Radio Viseu Cidade Viriato

sábado, 13 de junho de 2009

Espera-se pelo o Outono...

Vacinas: produção dentro de 15 dias. OMS teme impacto nos países pobres.


A pandemia da nova gripe pode prolongar-se por um ou dois anos, por ondas, admite a OMS, que reconhece não saber qual a agressividade do vírus nem a sua evolução. Vacinas vai haver, mas não chegam nem a meio mundo.


Os três maiores grupos farmacêuticos mundiais já se perfilam como produtores de uma vacina contra o A(H1N1)v e as linhas de fabrico devem entrar em acção a todo o gás, depois de pelo menos 15 dias de testes clínicos e de ficar garantido o fornecimento da vacina desenhada para o outro vírus de gripe, antes em circulação.


Ontem, a Organização Mundial de Saúde (OMS) admitia que em Setembro houvesse disponibilidade satisfatória da nova vacina, ao mesmo tempo que afiançava ser sua preocupação maior fornecê-la aos países em desenvolvimento. Entretanto, nas bolsas, voltava a subir a cotação das empresas farmacêuticas.


A declaração de pandemia por parte da OMS, depois de muitos avisos cuidadosos para que o alarme não se instale, não está a fazer mudar procedimentos cautelares por parte das autoridades sanitárias da Europa, incluindo Portugal. Primeiro, porque elas já estavam a um nível de alerta compatível com medidas para o grau seis, se necessário; segundo, porque, como reconhece o Centro Europeu de Controlo de Doenças, a actividade gripal registada no continente não revela actividade superior à de idênticas épocas do ano. Aquele mesmo centro refere que "a actividade gripal global se mantém baixa na região europeia, ainda que os casos de A(H1N1)v tenham duplicado nos últimos sete dias". A circulação desta variante do vírus (especificada pela letra v minúscula, que a OMS ainda não adoptou, apesar da crítica de epidemiologistas) é considerada baixa na região. Não há também muitos casos de transmissão em comunidades, garante o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças, que contabilizava 1803 casos de nova gripe em 30 países da região. A morbilidade não era superior à registada numa estação de gripe (0,1%). Esta constatação terá contribuído para a posição da França, cujo Governo decidiu não passar da fase cinco, alegando que o seu caso não se ajusta à fase de pandemia declarada pela OMS. Este departamento das Nações Unidas dava ontem conta de quase 30 mil pessoas infectadas em 74 países. O número de mortos era de 145.


Já passaram 41 anos desde a última pandemia de gripe (a de Hong Kong, que ceifou entre 700 a um milhão de vidas). Ontem, mais vozes de virologistas se juntaram aos que já tinham afirmado que o elevado número de casos de gripe da última estação Outono/Inverno foi já um contributo do novo vírus. Especialistas das universidades de Oxford e Hong Kong citados pela agência Reuters defendem que o vírus não é assim tão novo e já circulava.


Analisando a sequência genética do vírus, Rambaut, Pybus e Guan afirmam que ele é uma mistura de outros vírus que têm circulado no porco; um desses é mistura de sequências genéticas suínas, humanas e aviárias. Quanto a estes cientistas, a transmissão do porco para o homem ocorreu vários meses antes de o mundo ter tido conhecimento do surto (há notícia do primeiro caso em Março passado). Antes, a sua circulação teria estado confinada à pecuária, mas a movimentação de animais entre a Eurásia e a América do Norte teria facilitado a mistura de diversos vírus da gripe suína até à combinação actual da variante do A(H1N1). Muita vigilância sobre a gripe nos humanos e pouca vigilância sobre a gripe suína terão permitido que o fenómeno passasse despercebido , dizem.


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