Páginas

So faltam meses, dias, horas, minutos, e segundos para o ano 2012

Madeleine

Banner1
Click here to download your poster of support

Radio Viseu Cidade Viriato

terça-feira, 14 de julho de 2009

Associações de professores acusam Ministério da Educação de não fornecer às escolas correcções e informações detalhadas dos exames...

Cerca de 30% dos alunos do 9.º ano tiveram negativa no exame de Português. Em 2008, foram 16,7%. Para o secretário de Estado o resultado é uma "oscilação" "aceitável". A Associação de Professores de Português ficou "surpreendida e preocupada".


Quase 70% da totalidade dos alunos tiveram positiva a Língua Portuguesa e 63,8 a Matemática. Comparativamente a 2008, houve menos 13% de positivas a Português e mais 8,6% a Matemática. Como a nota do exame corresponde a cerca de 30% da nota final à disciplina, na taxa de reprovação não se verifica tanta oscilação: Português sobe um por cento (de 8 para 9%) e Matemática desce 2% (de 26 para 24%).


Para o secretário de Estado da Educação os resultados "foram os esperados", revelando "alguma estabilidade e consolidação". O Ministério vai fornecer às escolas os resultados dos exames nacionais dos seus alunos "pergunta a pergunta", tal como já faz com as notas das provas de aferição.


"Verifica-se uma ligeira subida a Matemática e uma ligeira descida a Português", comentou Valter Lemos. Confrontado com a quase duplicação das negativas no exame de Língua Portuguesa, o secretário de Estado retorquiu que o Ministério não considerou o "efeito estranho. Já a Associação de Professores de Português (APP) e a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) fazem uma interpretação menos positiva dos resultados.


"A duplicação das negativas surpreendeu-nos e não é uma oscilação pequena", sublinhou o presidente da APP. Paulo Feytor Pinto acusa o Ministério da Educação (ME) de não divulgar, "pelo menos aos professores", informações detalhadas dos exames para os docentes perceberem onde mais erram os alunos.


Não basta saber que as negativas duplicaram, "queremos é perceber porque dispararam", insistiu, garantindo que a APP teve em Novembro uma reunião com o director do Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE) e que, desde então, "espera" essas informações "prometidas" por Carlos Pinto, Ferreira, relativamente à descida das notas nos exames do 12.º ano em 2008 e aos resultados do 9.º ano, de 2006 - quando as negativas triplicaram de 15 para 45%.


Apesar de mais 8,6% da totalidade dos alunos ter conseguido positiva no exame de Matemática e de a taxa de reprovação ter descido de 26 para 24%, Nuno Crato não vê razões para festejos. Bem pelo contrário: "se numa prova escandalosamente fácil, 36,2% dos alunos têm negativa é porque o ensino está muito mau".


O presidente da SPM atribui a melhoria dos resultados à "facilidade" do exame. "A SPM tem acertado sempre na sua apreciação: quando considera as provas fáceis, as notas sobem; quando diz que são mais difíceis, os resultados descem e mais uma vez acertámos".


O problema, insiste, é que exames "muito fáceis, como o caso deste, criam nas escolas um ambiente de facilitismo. As provas deveriam ter um grau de dificuldade comparável ao exigido pelos professores. A médio prazo cria nos alunos a ideia de que os docentes não devem ser tão exigentes".


Sem comentários: