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Radio Viseu Cidade Viriato

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Turistas japonesa e francesa relatam esquema usado na praça do aeroporto para cobrar quantias absurdas...

Metade dos turistas que visitam Portugal entram pelo aeroporto de Lisboa. São 13 milhões/ano. Mas a primeira imagem do nosso país nem sempre é a melhor. Muitos queixam-se de "burlas" de taxistas. A classe assume o "fenómeno".


É o "chico-espertismo" lusitano em todo o seu esplendor. No início deste ano, a Deco realizou um estudo em que, entre outros factos, se concluiu que o serviço de táxis a partir do aeroporto de Lisboa não é só mau; é quase péssimo: uma turista checa fez dez viagens do aeroporto ao centro da cidade e, nessas, houve oito taxistas que adoptaram práticas que encareceram o preço.


O fenómeno não é novo e é por demais conhecido por toda a gente.Apurou-se junto da PSP que, nos últimos três anos, o número de detenções pelo crime de especulação de taxistas no aeroporto de Lisboa tem vido a aumentar. Em 2006 foram detidos 66 taxistas. Em 2007 o número aumentou para 89. E em 2008 foram 90. Desde o início de Janeiro até ontem, a PSP já fez 23 detenções pelo mesmo crime naquela área. Mas será isto suficiente?


"As acções de fiscalização não têm sido suficientemente dissuasórias", comentou Fátima Martins, técnica da Deco, e coordenadora do estudo acima citado. Na sua óptica, a impunidade continua a reinar porque "não há fiscalizações em número suficiente" e "as coimas aplicadas não são dissuasórias". Esta opinião é corroborada pelo presidente da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (Antral). "É preciso que as autoridades apliquem o que a lei prevê: a primeira vez que um taxista peça preços acima do estipulado deve ficar suspenso da actividade até dois anos", alerta Florêncio de Almeida, tecendo críticas aos tribunais: "Passam-lhes multas de 500 ou 1000 euros mas não se lembram que passados dias serão outra vez os incautos que vão pagar isso".


Há poucos dias teve- se conhecimento de dois casos com duas turistas que fizeram exactamente o mesmo percurso (aeroporto/Museu do Fado, Alfama). O preço normal do trajecto, numa manhã de dia útil, rondará oito euros. Mas ambos os taxistas atravessaram a cidade com o taxímetro desligado! No final, um pediu 15 euros. A turista protestou, mas pagou. Outro pediu 20 euros mas teve azar: no destino, a turista japonesa foi recebida por um amigo português que, ao ameaçar chamar a polícia, fez baixar o preço da "corrida".


O crime de especulação pelos taxistas do aeroporto é assumido por todos os representantes do sector. "São situações condenáveis que dão uma má imagem ao nosso país", assume Carlos Ramos, presidente da Federação Portuguesa de Táxis, sublinhando ser "necessário e urgente disciplinar aquela praça".


José Dionísio, presidente da Retális, lamenta que "infelizmente a capacidade reguladora daquele ponto específico é bastante complicada". Florêncio de Almeida é mais duro: "Aquela praça é uma rebaldaria onde meia dúzia de bandalhos consegue denegrir a imagem de uma classe com muitas pessoas honestas. Aqueles que cometem crimes têm que ser abolidos da classe".


Os responsáveis do sector concordam que a fiscalização deve aumentar. Pedem brigadas especiais no aeroporto e em locais como as portas dos principais hotéis. Carlos Ramos, da FPT, é defensor de um sistema obrigatório de vouchers emitidos pelo Turismo de Lisboa "porque assim desapareceria o dinheiro nos táxis". O presidente da Antral discorda e pede mais videovigilância e placards no aeroporto com os preços médios das corridas para dentro da cidade de Lisboa ou uma "taxa fixa". José Dionísio fala num "contingente especial só para o aeroporto" e em novas tecnologias para maior controlo.


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