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Radio Viseu Cidade Viriato

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Um milhão em assaltos a tabaco...

Os roubos e furtos de carrinhas e máquinas de tabaco já provocaram, este ano, só no Norte, um "rombo" de um milhão de euros. Ontem, segunda-feira, um funcionário ficou sem 52 mil euros que ia depositar num banco, na Póvoa de Varzim.


A estimativa dos prejuízos no sector foi adiantada pela presidente da Associação Portuguesa de Armazenistas de Tabaco (APAT), Helena Baptista. Ela própria tem sentido na pele a vaga de assaltos, a exemplo do que aconteceu, ontem à tarde, na Póvoa de Varzim - um seu funcionário, da firma "Sete Vias", foi atacado por um homem armado quando se preparava para fazer um depósito numa agência do Finibanco, na Avenida Repatriamento dos Poveiros.


"Estacionei a carrinha em frente ao banco. Retirei os sacos (três com moedas, outro com notas e cheques) e pousei-os no chão enquanto fechava a porta. Andei uns três metros e vi um indivíduo a correr em minha direcção. Usava capacete e ameaçou-me com um revólver. Disse-me: 'Pára, senão estouro-te! Levanta os braços e não olhes para trás!'", contou Fernando Silva, a vítima.


O assaltante apoderou-se dos sacos e entrou numa carrinha, de marca Renault Kangoo, onde estava pelo menos um cúmplice. "Foram dois minutos, nem isso", contabiliza o lesado. Segundo Helena Baptista, o roubo rendeu "52 mil euros" e não 400 mil, valor inicialmente indicado à Polícia. "Com o susto, o funcionário ficou tão baralhado que pensou que havia mais depósitos em cheques nos sacos. Nunca andamos com tanto dinheiro", assegurou.


A dirigente da APAT sublinha que os assaltos a carrinhas e a máquinas de tabaco, estas em cafés, estão a atingir níveis nunca vistos. "Desde Janeiro, há houve cerca de 40 casos no Norte", revelou, lembrando que, em média, só a máquina de tabaco custa 2000 euros. "Há uma rede organizada de contrabando", reiterou Helena Baptista, lamentando a falta de resposta das polícias.


"Empresas em risco de falência"


Os depositários de tabaco estão a atravessar uma "grande crise", realça Helena Baptista. "Além dos assaltos, temos os cortes nas margens de lucro impostos pela Tabaqueira", afirmou a dirigente, alertando que, com aquela conjuntura, "há empresas em risco de falência e postos de trabalho em risco". Já tem havido, inclusive, casos de comerciantes que deixaram a actividade. A questão dos seguros é mais uma acha para a fogueira: "Já me mandaram uma carta para a rescisão do contrato", revelou.


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