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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Detido em Espanha tinha seleccionado bibliotecas no Porto, em Lisboa e em Coimbra...

Um cidadão húngaro preparava-se para furtar mapas e outros documentos valiosos de bibliotecas portuguesas. Os planos estavam numa agenda apreendida aquando da sua detenção, anteontem, terça-feira, pela Polícia espanhola.


A Guardia Civil não revelou quais as instituições que o ladrão, de 47 anos e identificado com as iniciais Z.V., planeava atacar no nosso país, referindo apenas, em comunicado, que a sua detenção "frustrou os planos de futuros furtos que pretendia executar em 28 províncias espanholas e em Lisboa, Coimbra e Porto, assim como outras bibliotecas de França e Itália". Antes disso, tinha intenção de furtar outros documentos em mais de 30 cidades espanholas.


Nas buscas que se seguiram à detenção do suspeito, a Guardia Civil conseguiu recuperar "67 mapas e tratados de geografia dos séculos XVI e XVIII" de grande valor histórico, furtados de seis bibliotecas espanholas.


As investigações tiveram início em Março de 2008, depois de ter sido furtado da "Real Biblioteca del Monasterio de San Lorenzo de El Escorial", em Madrid, um mapa que fazia parte de um tratado de cosmografia e expedições geográficas do século XVI.


Actualmente a residir na República Dominicana, o suspeito escolhia os documentos de maior valor através de consultas na Internet. Quando chegava às bibliotecas, intitulava-se investigador, apresentando documentação falsa. Z.V. usava pequenos objectos cortantes que ele próprio confeccionava - em metal ou em plástico, consoante o tipo de dispositivos de segurança da biblioteca - para cortar as folhas que lhe interessavam. Depois, escondia-as em fundos duplos de pastas e desaparecia.


José Cortês, subdirector da Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas, disse que, até ao momento, não existiu qualquer contacto de autoridades espanholas ou portuguesas sobre este assunto. "Nunca, até agora, ouvimos das bibliotecas qualquer queixa de furto", diz, ainda, explicando que a quase totalidade das bibliotecas públicas portuguesas "não são de livro antigo, mas do chamado 'livro novo'", menos valorizado.


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