Páginas

So faltam meses, dias, horas, minutos, e segundos para o ano 2012

Madeleine

Banner1
Click here to download your poster of support

Radio Viseu Cidade Viriato

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Descida desacelerou 0,1 pontos em Julho face a Junho, mas inflação continua negativa nos 1,5%...

Em Julho, registou-se uma taxa de inflação homóloga negativa em 1,5%, mais 0,1 pontos percentuais face a Junho.


De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), esta taxa é inferior em 0,1 pontos percentuais à taxa observada em Junho. A contribuir de forma negativa para a variação homóloga dos preços esteve a classe dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas. Já os transportes continuam com um valor negativo, tendo, no entanto, diminuído de intensidade face ao mês anterior.


Após a divulgação dos dados da inflação feita ontem pelo INE. Entre os que mais aumentaram de preço em sete meses estão os transportes aéreos, as cantinas e a cerveja. Num contexto de inflação negativa, as explicações para as descidas são mais complexas...


Os preços de equipamentos informáticos apresentaram uma quebra de 14,7%. Esta situação não espanta Gabriel Coimbra, responsável da IDC Portugal, consultora que realiza estudos, planeamento estratégico e marketing em tecnologias de informação (TI). "A crise económica veio pressionar o sector. A concorrência é cada vez maior e isso teve impacto significativo na quebra de preços. A título de exemplo, no primeiro semestre de 2009, os preços de computadores portáteis caíram cerca de 40%", diz. Segundo Gabriel Coimbra, os programas "e-escola" e "e-escolinha", lançados pelo Governo, permitiram também "a compra de computadores (entre eles o Magalhães) e programas por valores muito mais baixos".


A classe do vestuário sofreu uma queda dos preços em 11,8% nos últimos sete meses do ano. Na origem dos preços baixos está o recurso a países onde os têxteis são mais baratos e a época de saldos que chega cada vez mais cedo e por mais tempo. Segundo Paulo Vaz, presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, esta retracção é comum aos bens de consumo em geral e provocada pela actual crise económico-financeira. "Tem-se verificado um recurso intenso ao aprovisionamento em países onde os têxteis são mais baratos, como a China, a Índia e o Vietname". "Havendo uma maior procura de produtos de vestuário em países mais baratos, as vendas crescem e as margens melhoram, o que lhes permite baixar ainda mais o valor face ao habitualmente praticado".


Entre os produtos alimentares, o peixe é o que tem vindo a reduzir mais o preço. Desde Janeiro, já caiu 11,5%. A contribuir para os preços mais baixos está a falta de poder de compra dos portugueses. Miguel Cunha, presidente da Associação dos Armadores das Pescas Industriais explicou que "a falta de procura está a reduzir o preço médio do pescado". Esta queda é mais visível em espécies nobres, como o pargo ou o goraz. Já em espécies correntes, como o carapau, verifica-se uma estabilização do seu valor e o aumento da procura.


Desde o início do ano, a classe dos combustíveis sofreu uma queda dos preços em 11,4%, à custa das oscilações no preço do petróleo nos mercados internacionais - em Maio, o barril de Brent estava nos 50 dólares, hoje ronda os 70 dólares. Segundo José Horta, secretário-geral da APETRO, na origem da subida dos preços do crude esteve a crise económica. "Os preços estavam hiper-inflacionados porque havia muita procura, o mercado estava ansioso por consumir. Como em finais do ano passado a economia começou a cair, o consumo de petróleo veio atrás", explicou o responsável.


10,5% foi quanto baixou o preço dos produtos hortícolas desde Janeiro. Uma queda que a Confederação dos Agricultores de Portugal justifica com a sazonalidade do produto, ou seja, como há mais produção, baixa o preço. Também o leite e seus derivados estão mais baratos em 7,9%. Com países como a Polónia a praticarem preços muito baixos, as importações para Portugal têm vindo a aumentar significativamente.


Viajar já está ao alcance de todos. Para fazer face à actual situação económica, os operadores turísticos viram-se obrigados a reduzir o valor das viagens e a oferecer pacotes com preços atractivos. Também na hotelaria houve uma adaptação à redução do consumo, o que fez com que as férias organizadas tivessem diminuído o preço em 8,3% desde o início do ano. Quanto à influência da gripe A, a Associação de Agências de Viagem e Turismo garante que este é um factor que pode vir a agravar o cenário de queda de preços, mas não está na génese do problema.


Sem comentários: