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Radio Viseu Cidade Viriato

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Agressor fugiu depois de disparar de automóvel junto a um café de Alquerubim, Albergaria...

Três tiros de pistola na cabeça, à queima-roupa, acabaram com a vida de Carlos Melo, 50 anos, pouco antes da meia-noite de anteontem, em Alquerubim, Albergaria-aVelha. O agressor está em fuga e nenhuma das testemunhas o identifica.


Estava bastante gente no "Correio's bar", situado na zona central de Alquerubim. A noite estava a quente e era dia do arraial das festas de Santa Marinha. Por isso, também a pequena esplanada estaria concorrida, embora ninguém admita que lá esteve. Tudo aconteceu a poucos metros do café. "Toda a gente viu, mas ninguém viu. É muito complicado".


Carlos chegou no seu BMW de modelo antigo e matrícula belga, que trouxera depois de deixar aquele país, onde trabalhou. Vinha com a namorada. Um outro carro - um Peugeot 206 - cruzou-se com o dele. De dentro foram disparados três tiros que o atingiram na cabeça. Tombou para o volante, já morto. O sangue não chegou a manchar o lenço da caveira com tíbias cruzadas que enfeitava o volante.


Dulce Alves, 35 anos, é dona do "Correio's bar", juntamente com o marido. Estava ao balcão e ouviu os tiros. Quando percorreu a meia dúzia de metros até à rua, Carlos Melo já tinha sido retirado do carro. "Os tiros foram no cruzamento e o carro deve ter vindo sozinho até aqui em frente e bateu na parede. A única coisa que eu fiz foi cobri-lo com um cobertor, por causa da hipotermia", recorda.


Rosângela Larraze, 50 anos, mora mesmo ao lado e recorda-se apenas de ter ouvido os tiros, "espaçados". Não esperava que o caso fosse tão dramático, mas o facto de Carlos Melo estar envolvido no incidente não a surpreendeu. "Lembrei-me logo de que pudesse ser o nosso 'cowboy'", realça com um forte sotaque brasileiro.


Também não era a primeira vez que Carlos aparecia ligado a tiros junto ao bar. "Uma vez disparou contra as portas", recorda Dulce Alves. O facto de Carlos Melo ter sido morto jun to ao café também pode não ter sido um acaso. Cerca de uma hora antes de ter sido morto, Carlos Melo tinha estado envolvido numa discussão junto ao estabelecimento. Quer Dulce Alves quer Rosângela se recordam do facto, embora não se alonguem em pormenores.


É que no bar trabalha a mulher com quem Carlos viveu e com quem teve dois filhos, uma rapariga e um rapaz, hoje com 12 e sete anos, respectivamente. Separaram-se vai já para dois anos, mas ele nunca terá aceite o facto de ela, entretanto, ter iniciado outra relação, apesar de ele próprio ter feito o mesmo, com outra mulher. "Era frequente ele ameaçá-la de morte e e às crianças", diz Dulce Alves.


Também é neste contexto que a família e os vizinhos de Carlos, que mora a cerca de 500 metros do bar, encontra a explicação para o assassínio, embora não arrisquem pormenores ou nomear um suspeito. O seu irmão, José, 47 anos, parece encarar com naturalidade o sucedido. "Só sei que ele saiu bem daqui de casa e depois aconteceu aquilo. Se havia problemas, não era assim que se resolviam", afirma.


Ao princípio da noite de ontem, vizinhos e familiares juntavam-se à porta da vítima e não podia estar mais de acordo com o que dizia José Carlos. Mesmo Dulce e Rosângela partilham desta opinião. Alguns dos vizinhos mais próximos até dão Carlos como "um homem trabalhador" de quem não têm "razão de queixa". A Polícia Judiciária está a investigar o caso, mas não foi possível confirmar se o agressor já está identificado.


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