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Radio Viseu Cidade Viriato

sábado, 11 de julho de 2009

Lares sem plano sobre procedimentos a adoptar para combater pandemia...

A União das Misericórdias Portuguesas está preocupada com os mais de 50 mil idosos ao cuidado das suas instituições e pediu, por carta, à DGS que informe, com urgência, sobre os procedimentos a adoptar para combater a pandemia.


Uma creche ou uma escola podem ser rapidamente encerradas, caso se confirme a existência de casos de Gripe A (H1N1). Mas o que acontece se a infecção tiver como foco um lar de idosos?


A questão preocupa. Antecipando o que poderia ser um "cenário caótico", Manuel de Lemos, presidente da União das Misericórdias Portuguesas, enviou uma carta à Direcção-Geral de Saúde (DGS), para solicitar que sejam informados sobre os procedimentos a adoptar em caso de infecção e também no que respeita à vacinação dos profissionais que, diariamente, trabalham com a população idosa ao cuidado dos mais de 1100 lares que estão afectos à Misericórdia.


"Onde é que colocaríamos os idosos num caso assim? Muitos estão sozinhos e não tinham para onde ir. Na rua? ", questionou Manuel de Lemos, realçando que a possibilidade de deslocar essa população para outros lares seria impensável: "Não seria só negativo devido à gripe, mas também seria impossível porque os lares estão a rebentar pelas costuras".


O responsável enalteceu as medidas no que concerne às crianças, mas defendeu que os idosos deveriam ter o mesmo tratamento, pois também são seres com algumas debilidades. "Entendemos os planos de contingência que são aplicados no que concerne a creches e escolas, mas gostaríamos que fossem também adoptados aos lares de idosos", referiu.


Desta forma, a União das Misericórdias Portuguesas, que congrega 393 Santas Casas, pretende alertar, em antecipação, a Direcção-Geral de Saúde. "Sem alarmismos, pretendemos apenas chamar a atenção para este assunto. Temos responsabilidades sociais, e como tal é preciso prevenir", salientou, realçando que em Portugal, incluindo as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, existem mais de 50 mil idosos ao cuidado dos lares, centros de dia e unidades de cuidados continuados da responsabilidade da Misericórdia.


Manuel de Lemos salientou ainda a importância da vacinação dos funcionários que trabalham nessas instituições. "Uma cozinheira, por exemplo. Se contrair a gripe coloca em risco os utentes do lar. E se for ao contrário? Um idoso a contrair o vírus?", vincou.


"É necessário que os funcionários sejam também vacinados, pois consideramos que também pertencem a um grupo de risco e que precisa de estar protegido face a uma pandemia", defendeu.


Por agora, a União das Misericórdias Portuguesas ainda não obteve qualquer "feed back" por parte da Direcção-Geral de Saúde, mas vai aguardar que as suas preocupações sejam tidas em contas.


O JN contactou a Direcção-Geral de Saúde para obter esclarecimentos neste sentido, mas até ao fecho desta edição não obteve qualquer resposta.


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