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Radio Viseu Cidade Viriato

quarta-feira, 3 de junho de 2009

O que tera acontecido...

Mera formalidade, claro, essa questão de identificar com certeza os destroços que possam ser recuperados, algo que, muito provavelmente, não sucederá com os corpos das 228 vítimas.


Às dificuldades técnicas que se colocam, no sentido de tentar perceber o que aconteceu, soma-se a necessidade de apoiar o processo de luto de familiares e amigos, algo que implica gente de 32 nacionalidades.


Uma das informações ontem difundidas pela Air France foi, justamente, a de que haverá, hoje à tarde, uma cerimónia inter-religiosa na catedral de Notre Dame, em Paris, "para familiares e próximos das vítimas". Parte significativa do apoio psicológico que está a ser prestado a essas pessoas prende-se, portanto, com a necessidade de cumprir o processo de luto, sempre dificultado pela ausência de corpos. "É muito importante que todas as pessoas envolvidas neste drama se encontrem e conversem", disse ao diário francês "Le Figaro" Didier Cremniter, que dirige a célula de emergência médico-psicológica no aeroporto de Roissy-Charles De Gaulle, enquadrando nesse esforço todos os actos em que os afectados possam partilhar a dor que sentem: "As cerimónias são essenciais para o processo de reconstrução emocional".


Sobre aquilo que causa estupefacção em todo o Mundo, ou seja, o que poderá ter causado o súbito desaparecimento de um avião a meio do oceano, continua a especular-se. Encontrar os dois aparelhos de registo do avião (vulgo "caixas negras"), um de dados e outro de comunicações, será, eventualmente, a única forma de ter certezas quanto às causas do acidente. Mas trata-se de encontrar uma agulha num palheiro, até porque podem estar a profundidade inacessível. Isso, apesar de, nos aparelhos da Air France, esses equipamentos são concebidos para suportar pressões equivalentes às que se registam a 6000 metros de profundidade, além de emitirem, durante um mês, um sinal que poderá ser localizado.


Na zona do acidente, a profundidade máxima é de cerca de 4600 metros. Nunca uma caixa negra foi recuperada em tais condições (em 2004, foi recolhida uma do fundo do Mar Vermelho, mas a 1200 metros), além de haver outros factores, como as correntes marítimas, que podem dificultar seriamente a tarefa.


As suposições são todas as que possam imaginar-se. Nada é excluído, nem mesmo a possibilidade de acto terrorista (embora tal pareça claramente improvável, tanto pela escolha do alvo como pela ausência de reivindicação). Relâmpagos, por si, não derrubam aviões, mas, associados a alguma deficiência, podem ter danificado sistemas vitais. Avarias de toda a ordem. Despressurização súbita que possa ter deixado todos inconscientes. Tudo o que possa imaginar-se, num rol de incertezas em que só a morte não cabe.


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