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Radio Viseu Cidade Viriato

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Apesar das dificuldades...


Mais cedo ou mais tarde, apesar das dificuldades, serão recolhidos do mar destroços que ninguém duvida serem do Airbus acidentado.


Difícil mesmo será recuperar as caixas negras, essenciais para saber o que aconteceu.


Lá do alto, ainda por cima com uma reforçada dotação de meios, as equipas de busca vão detectando objectos que, sem dúvidas para lá daquelas a que obriga o rigor metodológico, permitem ter uma ideia da zona onde desapareceu o A 330 da Air France, na noite de domingo. À superfície do oceano, porém, tudo é diferente. Três navios mercantes, um francês e dois holandeses, foram os primeiros a chegar ao local, seguindo-se o "Grajaú", da Marinha brasileira, mas é muito complicado recolher objectos que estão sujeitos a ventos, a marés e a correntes marítimas.


Uma mancha de combustível, longa de 20 quilómetros, foi detectada. Uma peça circular, com sete metros de diâmetro, foi avistada, entre muitos outros fragmentos. Nenhum corpo. Embora a recolha de eventuais sobreviventes ou de cadáveres encabece o rol de tarefas das equipas de busca e salvamento, a esperança é quase nula. E a caminho daquela zona do Atlântico vão já os meios necessários para a fase seguinte, a de tentar recuperar os registadores de voo, vulgo "caixas negras", tarefa que, embora tecnicamente exequível, esbarra numa vasta série de imponderáveis. Não é de afastar, portanto, a possibilidade de não vir a saber-se em que circunstâncias ou por que motivos o avião caiu.


A primeira prioridade é detectar o sinal que as caixas negras estão preparadas para emitir ao longo de 30 dias (ULB - "Underwater Locator Beacon" - feixe de localização subaquática), para que possa ser restringida a área de busca, a efectuar com recurso a submarinos, tripulados ou telecomandados, capazes de descer a grandes profundidades. Só que as profundezas, na zona em causa, não são - passe a expressão - cooperantes: o fundo do mar é altamente irregular ("é uma paisagem muito perturbada, muito caótica", diz Pierre Cochonat, especialista francês citado pela France-Presse, aludindo à proximidade da cordilheira meso-atlântica) e as correntes podem ter afastado os aparelhos, tanto do local como um do outro (lembre-se que uma das caixas grava todos os dados relativos ao voo, enquanto a outra regista todas as comunicações).


O importante, para quem gere as equipas de busca (ver infografia), será, captando o dito sinal (serão enviadas sondas para facilitar o processo), reduzir substancialmente o perímetro de busca e, então, descer ao fundo do mar. "Essa fase condiciona tudo. Se não captarmos o sinal, está fora de questão usar um submersível para rastrear milhares de quilómetros quadrados", esclareceu Cochonat.


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