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Radio Viseu Cidade Viriato

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

PORTUGAL - Eta queria instalar uma fabrica...

O material encontrado na carrinha interceptada pela Guarda Civil espanhola no sábado, em Zamora, indicia que a ETA pode já ter alguma base logística em Portugal que pretenderia reforçar instalando um local de fabrico de bombas, segundo detalhes avançados pela imprensa basca, noticia a Lusa.

A Vasco Press, agência de notícias do País Basco, cita responsáveis das forças de segurança espanholas que detalharam os conteúdos da carrinha interceptada num controlo policial junto da fronteira.

O condutor da carrinha, Garikoitz García Arrieta, e uma segunda suspeita, Iratxe Yáñez Ortiz de Barron, que viajava noutro carro, conseguiram fugir para Portugal, onde foram detidos e onde foram sujeitos à medida de coacção de prisão preventiva .

Responsáveis policiais espanhóis sugerem mesmo que a organização separatista basca ETA pode já ter algum tipo de infra-estrutura em Portugal e que era para aí que se dirigiam os dois detidos.

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«As investigações, que se desenvolvem em colaboração com as autoridades portuguesas, pretendem localizar o ponto de destino dos terroristas», refere a agência.

«O exame do material que os etarras transportavam na carrinha levou os investigadores à conclusão de que a ETA pretendia instalar um local de fabrico de bombas em território português», sublinha.

Isso implicaria transferir parte do aparato logístico que tem funcionado desde França e que nos últimos meses tem sido alvo de intensas operações policiais, que resultaram na descoberta de vários esconderijos da ETA.

Para reforçar esta teoria, as forças de segurança realçam que Yáñez Ortiz de Barron transportava consigo cerca de 10 mil euros em dinheiro, o que equivale ao orçamento mensal do «aparato logístico da ETA». O objectivo, segundo os investigadores, seria estabelecer uma instalação logística capaz de se manter durante algum tempo.

Além dos 10 quilos de explosivos, a carrinha transportava também diverso material electrónico normalmente usado pela ETA para o fabrico das suas bombas.
Entre este material contam-se 50 relógios, usados como temporizadores, e 25 temporizadores já preparados; 30 sensores anti-movimento que são usados em «bombas lapa», normalmente aplicadas em veículos; e várias ampolas de mercúrio, também usadas no fabrico das bombas.

Seguiam também na carrinha 200 conectores de 9 volts, 200 circuitos eléctricos e 200 placas de matrículas virgens de Portugal, Espanha e França que poderiam depois ser usadas com carros roubados ou alugados.

A carrinha transportava ainda três botijas de gás de pressão, com uma capacidade de 84 litros cada, de cor verde e origem francesa, normalmente usadas pela ETA para «bombas canhão».

Para as usarem, os etarras cortam a parte superior das botijas e enchem-na de explosivos, dirigindo assim a detonação e a onda expansiva pela abertura do tubo, como se se tratasse de um canhão, o que aumenta o seu poder destrutivo. Uma das botijas já estava cortada.

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