Páginas

So faltam meses, dias, horas, minutos, e segundos para o ano 2012

Madeleine

Banner1
Click here to download your poster of support

Radio Viseu Cidade Viriato

sábado, 18 de agosto de 2007

Bares contra interdição da circulação automóvel

Os proprietários de bares e restaurantes com porta aberta no centro histórico de Viseu desconheciam, ao final da tarde de ontem, se a autarquia iria ou não levantar a interdição à circulação automóvel, entre as 21 e as duas da manhã das sextas e sábados, em vigor há oito dias naquela zona da cidade.

A expectativa radicava no abaixo-assinado a reclamar a suspensão da medida, subscrito por dezena e meia de empresários, entregue na autarquia no início da semana. "Até este momento [meio da tarde], ainda não fomos informados de nada", lamentou Adão Ramos, gerente do "Água Benta" e "Irish Bar".

A manter-se a posição tomada pela autarquia viseense, os proprietários de estabelecimentos de restauração e similares, com porta aberta durante a noite, ameaçam revelar, hoje, medidas de retaliação contra o que dizem ser uma "decisão unilateral" da autarquia. Quais? - "Logo se saberá", avança Adão Ramos.

O empresário explica que o movimento das sextas-feiras e sábados representa 50% da facturação da semana, e garante que as quebras no negócio são insuportáveis. "Não vale a pena continuarmos a apostar nesta zona da cidade, se nos dias mais fortes, em pleno Agosto - altura do ano que daria para salvar o movimento fraco dos restantes meses -, impedirem os carros de vir ao centro histórico", lamenta

Adão Ramos recorda que em 2003, quando foi lançada idêntica medida, a título experimental, a autarquia "compreendeu o nosso problema e suspendeu a deliberação com a promessa de estudar connosco as melhores soluções", recorda, sem poupar críticas à recente decisão tomada sem "auscultação prévia dos interessados". "Este ano, sem que algo tenha sido feito ou combinado connosco, fomos confrontados com a mesma decisão. Sentimo-nos traídos", critica.

"Ao contrário do que sucede em Espanha, onde uma cultura enraizada leva os cidadãos a percorrer a pé o centro urbano, em Viseu as pessoas, ao serem impedidas de vir com o carro ao centro histórico, quanto mais não seja para deixar os passageiros, vão-se embora. Quem sofre somos nós", diz o empresário, que considera que a interdição só será viável quando o funicular que ligará o campo de Viriato à Sé estiver a funcionar, houver estacionamentos próximos e o minibus funcionar à noite.

"A circulação automóvel não prejudica ninguém e traz gente ao centro histórico", diz Sérgio Trindade, do Áfrika Caffé.

Os responsáveis pelo restaurante Tia Iva - um ícone no centro histórico -, reconhece que a decisão da Câmara de Viseu está em fase de avaliação, mas teme resultados negativos. "Este ano ainda não deu para avaliar. Mas em 2003, quando a medida foi lançada a título experimental, houve quebras muito grandes no negócio", reconhece Afonso Luís.

A interdição é garantida pela Polícia Municipal que, pelas 21 horas das sextas-feiras e sábados, coloca grades nos três acessos principais ao centro histórico rua do Comércio, calçada Doutor Domingos e avenida Emídio Navarro.

Reacção da Câmara

Américo Nunes, vice-presidente da Câmara de Viseu, desconhecia, por estar em férias, se a interdição iria ou não ser levantada. Lembrou, contudo, que a medida foi tomada em consonância com a Associação dos Comerciantes e de muitos empresários ali instalados. "Ao cair da noite não há lugares de estacionamento naquela zona. Para quê chamar mais carros? É um falso problema", diz. não conseguiu falar com presidente Fernando Ruas.

Sem comentários: