Tem o nariz arrebitado, o que no dialecto do nordeste da Birmânia lhe valeu o nome de mey nwoah. Ou seja, "macaco de cara virada para cima". E é mesmo como se tivesse o rosto voltado para o ar. Na época das chuvas , este primata é obrigado a permanecer encolhido, com a cabeça entre os joelhos, para não desatar a espirrar. Trata-se de uma nova espécie de macaco, o Rhinopithecus strykeri, que foi descoberto nas montanhas do estado de Kachin, no nordeste da Birmânia.
A equipa internacional de primatólogos que o identificou publica hoje a sua descrição no American Journal of Primatology.
A identificação da nova espécie foi feita graças ao estudo de crânios e peles de quatro espécimes obtidos junto de caçadores locais, já que a equipa de primatólogos não conseguiu captar nenhuma imagem destes macacos na natureza. Só existem, aliás, imagens produzidas por desenhadores a partir das descrições feitas pelos caçadores e pelo próprio estudo.
No trabalho de campo realizado na região, a equipa liderada por Thomas Geissmann, do Instituto Antropológico da Universidade de Zurique-Irchel, na Suíça, apercebeu-se de que esta nova espécie está geograficamente isolada, por duas grandes barreiras: o rio Mekong de um lado, e o Salween do outro.
De acordo com as estimativas da equipa, a população total do Rhinopithecus strykeri deverá andar entre os 260 e os 330 indivíduos, distribuídos por três grupos, que se concentram numa área de 270 quilómetros quadrados, junto ao rio Maw.
Estas características levam os investigadores a considerar que esta espécie, que ainda agora nasceu para ciência, está já criticamente ameaçada.
Apesar de ser novo no catálogo das espécies, este primata de pelagem negra e cauda grande é um velho conhecido da população local, que não tem dificuldade em encontrá-lo na época das chuvas, quando ele é obrigado a ficar quietinho, de cabeça nos joelhos, para não levar com a chuva no nariz.
O que segue, segundo Mark Rose, da Fauna & Flora International (FFI) Asia Pacific Programme, da Indonésia, e um co-autores do estudo, "serão acções imediatas com os parceiros e a população local para a conservação deste primata criticamente ameaçado".
DN
A equipa internacional de primatólogos que o identificou publica hoje a sua descrição no American Journal of Primatology.
A identificação da nova espécie foi feita graças ao estudo de crânios e peles de quatro espécimes obtidos junto de caçadores locais, já que a equipa de primatólogos não conseguiu captar nenhuma imagem destes macacos na natureza. Só existem, aliás, imagens produzidas por desenhadores a partir das descrições feitas pelos caçadores e pelo próprio estudo.
No trabalho de campo realizado na região, a equipa liderada por Thomas Geissmann, do Instituto Antropológico da Universidade de Zurique-Irchel, na Suíça, apercebeu-se de que esta nova espécie está geograficamente isolada, por duas grandes barreiras: o rio Mekong de um lado, e o Salween do outro.
De acordo com as estimativas da equipa, a população total do Rhinopithecus strykeri deverá andar entre os 260 e os 330 indivíduos, distribuídos por três grupos, que se concentram numa área de 270 quilómetros quadrados, junto ao rio Maw.
Estas características levam os investigadores a considerar que esta espécie, que ainda agora nasceu para ciência, está já criticamente ameaçada.
Apesar de ser novo no catálogo das espécies, este primata de pelagem negra e cauda grande é um velho conhecido da população local, que não tem dificuldade em encontrá-lo na época das chuvas, quando ele é obrigado a ficar quietinho, de cabeça nos joelhos, para não levar com a chuva no nariz.
O que segue, segundo Mark Rose, da Fauna & Flora International (FFI) Asia Pacific Programme, da Indonésia, e um co-autores do estudo, "serão acções imediatas com os parceiros e a população local para a conservação deste primata criticamente ameaçado".
DN
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