Os pais das crianças de uma escola de São Tomé e Príncipe querem realizar uma cerimónia para espantar um «espírito» que, dizem, tem assombrado os alunos da instituição. Este acto ainda só não se realizou por falta de dinheiro.
«O curandeiro que contactámos exigiu aos pais 15 milhões de dobras (cerca de 610 euros) e estamos ainda a angariar a contribuição de todos. Não temos esse valor», disse à agência Lusa Idomeu Lima, um dos pais.
Se o cenário de uma escola assombrada pode parecer algo do terreno da superstição e da fantasia em muitos lugares do mundo, na ilha africana que é atravessada pela invisível linha do Equador, este é um assunto sério.
A escola secundária de Guadalupe, situada a 12 quilómetros da capital, está encerrada há um mês por esta razão.
Segundo relata a agência Lusa, o «mau espírito» que os pais pretendem «afungentar» foi responsabilizado por «atacar» 14 crianças, com idades entre os 12 e os 16 anos, e ainda funcionários da escola.
A cerimónia de bruxaria deveria ter sido realizada esta sexta-feira no pátio da escola. Contudo, assuntos aparentemente pouco espirituais, como a falta de dinheiro para pagar o ritual - chamado «jambi» -, levaram o curandeiro a recusar libertar o estabelecimento do «espírito» que o mantém fechado.
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