Dinheiro do tráfico desaparece da unidade antidroga da PJ
A Direcção Central de Investigação ao Tráfico de Estupefacientes (DCITE) da Polícia Judiciária (PJ) vai ser alvo de uma investigação alargada, a cargo da Inspecção-Geral dos Serviços de Justiça, na sequência de dois casos de desaparecimento de 90 mil euros em notas, resultantes de apreensões a traficantes. Uma coordenadora de investigação criminal da unidade está sob suspeita em dois processos desencadeados pela própria PJ, há vários meses, com duas participações apresentadas ao Ministério Público e agora investigadas pela Direcção Central de Investigação da Corrupção e Criminalidade Económica e Financeira (DCICCEF). Em causa estão suspeitas da prática de crimes de peculato.
A sindicância ao departamento especializado no combate ao tráfico de estupefacientes foi solicitada ontem pelo director nacional da PJ, Alípio Ribeiro, ao ministro da Justiça e ontem mesmo despachada favoravelmente por Alberto Costa.
De acordo com informações, o início da sindicância está previsto para o princípio da próxima semana, devendo terminar no mais curto espaço de tempo possível.
As verbas alegadamente desviadas dizem respeito a dinheiros apreendidos em dois inquéritos - 83 mil euros e sete mil euros - por tráfico de droga. As notas foram fotografadas depois de apreendidas, mas não seguiram o processamento normal, tendo desaparecido. Ambos os inquéritos eram da responsabilidade da coordenadora de investigação criminal da 2.ª Secção da DCITE, que é, até ao momento, a única suspeita no caso. A responsável, de 45 anos, foi entretanto afastada das funções que desempenhava, estando agora a realizar tarefas administrativas. Foi face a este cenário de "irregularidades graves", de desvio de dinheiro apreendido, associados a utilização de procedimentos de gestão processual inadequados que o director nacional da PJ propôs a Alberto Costa uma sindicância à DCITE. A acção inspectiva tem por objectivo determinar se existem mais situações ilícitas no departamento, que tem batido sucessivos recordes de apreensões de droga, estando cotado como um dos mais eficazes a nível internacional.
Processos disciplinares
para já, não existem elementos que apontem para a existência de outros casos, designadamente quanto ao desvio de drogas apreendidas em operações contra o tráfico. Em causa estarão unicamente duas situações que poderão enquadrar a prática de crimes de peculato.
O caso deu também origem a dois processos disciplinares que correm termos no Departamento Disciplinar e de Inspecção da PJ.Nuno Miguel Maia e Valdemar Pinheiro
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