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Radio Viseu Cidade Viriato

terça-feira, 19 de junho de 2007

Rede pedófila tinha ligações a 35 países

O criador de uma rede de pedofilia com base no Reino Unido foi condenado, ontem, a prisão "por tempo indeterminado" no mesmo dia em que as autoridades britânicas revelaram que a sua detenção levou ao desmantelamento de uma das maiores redes de abuso de menores, com ligações a 35 países e mais de 700 suspeitos. Trinta e uma crianças foram resgatadas durante a investigação.

Segundo o juiz Peter Thompson do tribunal de Ipswich, Martin Cox representa um "risco significante" para a sociedade e deverá ser detido para "protecção do público". O britânico de 28 anos, que usava a sua residência como base para o website "Kids The Light of Our Lives" ("Crianças, a Luz das Nossas Vidas"), foi ontem detido, por tempo indeterminado, após admitir nove crimes de posse e distribuição de imagens de abusos sexuais de menores. "Estas são imagens chocantes que envolvem crianças muito jovens em alguns casos sujeitas a abusos sádicos e dolorosos", descreveu o juiz ao revelar a sentença.

As imagens eram usadas no site criado por Cox para serem transmitidas, trocadas ou vistas por outros utilizadores que podiam comunicar em directo com outros utilizadores ou crianças. Segundo o Centro de Protecção para a Exploração de Crianças (CEOP), a rede estava já espalhada um pouco por todo o Mundo com milhares de utilizadores a colocarem, verem ou trocarem imagens de crianças a serem abusadas sexualmente. "O veredicto de hoje [ontem] serve como um forte aviso para aqueles que utilizam a Internet para facilitar a exploração sexual de menores", comentou o director executivo da CEOP, Jim Gamble, perante a notícia da sentença de Martin Cox.

O inglês, que operava segundo o nome "Son of God" ("Filho de Deus"), foi identificado após as autoridades canadianas descobrirem o seu site durante uma investigação a pedofilia na Internet. Na casa onde vivia, com os pais e uma irmã, foram encontradas mais de 75 mil imagens "indecentes", incluindo mais de mil filmes e provas de que este cedeu mais de 11 mil imagens a outros utilizadores da rede. A detenção do britânico permitiu que as autoridades britânicas e canadianas pudessem iniciar uma operação de vigilância no site fazendo-se passar por utilizadores habituais. Tal operação levou à detenção de um segundo suspeito no Reino Unido, Gordon Mackintosh, e à investigação de mais de 700 suspeitos espalhados por todo o Mundo.

Mackintosh encontra-se sob detenção a aguardar sentença de tribunal mas já admitiu 27 crimes de produção, posse e distribuição de material "indecente", o CEOP revelou que a investigação levou à "libertação de 31 crianças vítimas de abusos sexuais por parte de membros da rede que opera em 35 países. Não é, neste momento, possível revelar quais são estes países", afirmou um porta-voz. Uma investigação internacional continua a decorrer com centenas de suspeitos sob vigilância de diversas agências internacionais.

Abusados por conhecidos

De acordo com o Centro de Protecção para a Exploração de Crianças, 75% a 90% dos abusos sexuais a menores são cometidos por pessoas que fazem parte do círculo familiar ou de amigos das próprias vítimas. Estes são frequentemente amigos, vizinhos ou conhecidos dos pais das crianças. Mas quem se encontra em maior risco são, precisamente, os filhos de mães solteiras que são, amiúde, alvo de pedófilos.

Tal facto levou recentemente o governo britânico a apresentar uma proposta de lei que prevê a partilha de informação sobre pedófilos em caso de risco directo para uma criança.Segundo um porta-voz do Centro de Protecção para a Exploração de Crianças, o website criado pelo britânico Martin Cox - "Kids The Light of Our Lives" ("Crianças, a Luz das Nossas Vidas") - não era uma excepção, sendo de crer que a maioria das crianças fotografadas ou filmadas foi forçada a manter actos sexuais por pessoas que lhes são conhecidas no próprio seio familiar, tornando, em muitos casos, difícil a captura dos seus abusadores.

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