Cientistas estudaram a aerodinâmica dos peixes voadores. Estão mais de 40 segundos no ar, fazendo 400 metros a 70 km/h
Peixes voadores já todos vimos ou, pelo menos, ouvimos falar. E até de aves que dão mergulhos no mar. O que não estava explicado é porque é que os peixes voadores podem permanecer no ar mais de 40 segundos, cobrindo distâncias de 400 metros e a uma velocidade acima dos 70 km/hora. O segredo está em "voar" paralelamente à superfície, concluíram dois engenheiros da Universidade Nacional de Seul, Coreia. E que estudaram a aerodinâmica destes animais para perceber como conseguem ser tão eficientes.
Haecheon Choi, engenheiro mecânico, foi o primeiro a deslumbrar-se com a arte de voar de alguns peixes. O que aconteceu ao ler o livro de Ciências dos filhos, tendo apresentado um projecto de investigação ao colega de equipa, Hyungmin Park. O objectivo era perceber como determinados peixes conseguem permanecer tanto tempo no ar.
Entre as 40 espécies de peixes voadores que são conhecidas no mundo, Haecheon Choi e Hyungmin Park estudaram cinco de tamanho similar, o que os levou ao mar do Japão, onde vive uma grande comunidade. Além da colaboração científica da universidade a que pertencem, tiveram o apoio de algumas associações.
Os resultados do estudo foram, agora, publicados no Journal of Experimental Biology.
Os dois cientistas concluíram que, efectivamente, os peixes utilizam as barbatanas como asas, e há espécies que têm "quatro asas" (barbatanas peitorais), conseguindo uma melhor relação sustentação-força de arrasto. Mas foram mais além ao explicar a forma como adaptavam as bar- batanas ao meio aéreo.
O que os cientistas coreanos podem, agora, explicar é porque há peixes voadores que são mais eficientes do que aves. E descobriram que é o facto de sobrevoarem tão próximo e paralelamente à superfície que faz aumentar a sua eficácia e a velocidade do voo. Habilidades que os levaria a ganhar uma corrida se tivessem como adversários os patos e petréis (aves marinhas).
Os investigadores colocaram seis sensores em diversas partes do corpo dos peixes voadores mortos, sem que isso interferisse na sua flexibilidade, e meteram-nos num túnel de vento. O objectivo foi testar a relação entre a distância e o tempo de voo.
Uma vez colocados no túnel, observaram a aerodinâmica dos animais quando inclinados para os diferentes ângulos e quan-do se levantavam de uma superfície sólida e líquida.
As conclusões de Choi e Park, publicadas no Journal of Experimental Biology, indicam que quando os peixes voam junto à superfície do mar reduzem a resistência, aumentando a sustentação/força de arrasto, maximizando a eficiência de voo.
Os investigadores vão ao ponto de dizer que os peixes voadores "deslizam melhor que os insectos, assim como aves tal como os petréis e os patos". E que deslizam tanto mais longe quanto mais perto sobrevoam à superfície, que é o que fazem em meio natural, o mar.
Verificaram, ainda, que os peixes voadores são mais estáveis na deslocação do que algumas aves marinhas. E outras das vantagens é que estão mais bem adaptados aos dois meios ambientes, seja o marítimo, em que habitualmente se movimentam, seja o aéreo.
Choi e Park não pretendem, apenas, explicar a aerodinâmica dos peixes voadores.
Agora querem construir um avião com uma tecnologia inspirada na forma de deslocação destes animais, melhorando a sua performance.
DN
Haecheon Choi, engenheiro mecânico, foi o primeiro a deslumbrar-se com a arte de voar de alguns peixes. O que aconteceu ao ler o livro de Ciências dos filhos, tendo apresentado um projecto de investigação ao colega de equipa, Hyungmin Park. O objectivo era perceber como determinados peixes conseguem permanecer tanto tempo no ar.
Entre as 40 espécies de peixes voadores que são conhecidas no mundo, Haecheon Choi e Hyungmin Park estudaram cinco de tamanho similar, o que os levou ao mar do Japão, onde vive uma grande comunidade. Além da colaboração científica da universidade a que pertencem, tiveram o apoio de algumas associações.
Os resultados do estudo foram, agora, publicados no Journal of Experimental Biology.
Os dois cientistas concluíram que, efectivamente, os peixes utilizam as barbatanas como asas, e há espécies que têm "quatro asas" (barbatanas peitorais), conseguindo uma melhor relação sustentação-força de arrasto. Mas foram mais além ao explicar a forma como adaptavam as bar- batanas ao meio aéreo.
O que os cientistas coreanos podem, agora, explicar é porque há peixes voadores que são mais eficientes do que aves. E descobriram que é o facto de sobrevoarem tão próximo e paralelamente à superfície que faz aumentar a sua eficácia e a velocidade do voo. Habilidades que os levaria a ganhar uma corrida se tivessem como adversários os patos e petréis (aves marinhas).
Os investigadores colocaram seis sensores em diversas partes do corpo dos peixes voadores mortos, sem que isso interferisse na sua flexibilidade, e meteram-nos num túnel de vento. O objectivo foi testar a relação entre a distância e o tempo de voo.
Uma vez colocados no túnel, observaram a aerodinâmica dos animais quando inclinados para os diferentes ângulos e quan-do se levantavam de uma superfície sólida e líquida.
As conclusões de Choi e Park, publicadas no Journal of Experimental Biology, indicam que quando os peixes voam junto à superfície do mar reduzem a resistência, aumentando a sustentação/força de arrasto, maximizando a eficiência de voo.
Os investigadores vão ao ponto de dizer que os peixes voadores "deslizam melhor que os insectos, assim como aves tal como os petréis e os patos". E que deslizam tanto mais longe quanto mais perto sobrevoam à superfície, que é o que fazem em meio natural, o mar.
Verificaram, ainda, que os peixes voadores são mais estáveis na deslocação do que algumas aves marinhas. E outras das vantagens é que estão mais bem adaptados aos dois meios ambientes, seja o marítimo, em que habitualmente se movimentam, seja o aéreo.
Choi e Park não pretendem, apenas, explicar a aerodinâmica dos peixes voadores.
Agora querem construir um avião com uma tecnologia inspirada na forma de deslocação destes animais, melhorando a sua performance.
DN
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