Durante a migração, a península de Sagres, os cabos de São Vicente e Espichel ou a lagoa de Santo André são os locais onde se poderá avistar esta espécie, considerada nativa de Portugal, mas que nunca foi muito abundante no País. Pressão urbanística no litoral tem vindo a afastar a ave do território nacional
Falcão-da-rainha é uma ave de rapina veloz e ágil que nos anos oitenta do século passado foi considerada extinta como reprodutora em Portugal. No entanto, no final do Verão e no início do Outono, quando acontece a migração, o elegante falcão passa pelo território português e pode ser avistado em zonas costeiras como na península de Sagres e no cabo de São Vicente (Algarve) e, mais raramente, no cabo Espichel e na lagoa de Santo André (Santiago do Cacém, Alentejo).
Também conhecida como falcão-de-eleonor, esta ave, considerada nativa de Portugal pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza), nunca foi muito abundante (como nidificante) no País. "Na década de 80, havia uma colónia com cerca de dez casais, nas falésias, próximo da Ericeira, mas terá sido destruída nessa altura", conta ao DN Domingos Leitão, da SPEA (Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves).
Sendo uma espécie costeira, enquanto reprodutora, a ave de rapina foi afectada pela pressão humana exercida sobre o litoral, nomeadamente no que respeita ao turismo, que lhe retirou os locais de nidificação. O lugar mais próximo de Portugal onde esta espécie de falcão ainda nidifica é nas ilhas Baleares, em Espanha.
A dieta alimentar do falcão-da-rainha é constituída maioritariamente por grandes insectos, entre eles as libelinhas, as borboletas, as cigarras e os gafanhotos. Mas desde o final de Julho e até Outubro passa a alimentar-se quase exclusivamente de pequenas aves como as cotovias, as andorinhas e as petinhas.
A característica mais peculiar desta espécie rara de falcões é o facto de atrasar a sua época de reprodução - começa em Julho, bastante mais tarde quando comparada com as outras aves migratórias, que se reproduzem na Primavera. O falcão-da-rainha atrasa a reprodução para que a altura em que os juvenis precisam de alimento coincida com o influxo de aves migratórias que voam sobre o Mediterrâneo e, desta forma, dispor de mais mantimento para si e para as suas crias.
Depois da reprodução, o falcão-da-rainha, de tamanho médio, cor escura, asas e cauda compridas, migra para a África continental e para a ilha de Madagáscar, onde passa o Inverno. Retoma uma dieta alimentar baseada em grandes insectos. Surge no Mediterrâneo em Abril.
Apesar de o seu estatuto de conservação ser pouco preocupante, o esbelto falcão-da-rainha está sujeito a diversos factores de ameaça nos locais onde cria e durante a migração. "As principais ameaças são a destruição de habitat, os problemas graves de perseguição directa (caça) e as pressões a que está sujeito durante a migração, que se revela muitas vezes uma jornada bastante perigosa", explica Domingos Leitão.
A Grécia é considerada o país mais importante para a preservação e conservação do falcão-da-rainha, pois, durante a época de reprodução, alberga aproximadamente 85% da população mundial da espécie. Por ser uma das espécies de aves mais importante da Grécia, já foi sujeita a diversos projectos e medidas que visam a sua protecção a longo prazo.
O falcão-da-rainha vive em colónias e chega a ser confundido com o falcão-peregrino que, no entanto, é maior e tem a cauda mais curta. Em Portugal, é uma espécie migradora de ocorrência ocasional.
DN
Também conhecida como falcão-de-eleonor, esta ave, considerada nativa de Portugal pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza), nunca foi muito abundante (como nidificante) no País. "Na década de 80, havia uma colónia com cerca de dez casais, nas falésias, próximo da Ericeira, mas terá sido destruída nessa altura", conta ao DN Domingos Leitão, da SPEA (Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves).
Sendo uma espécie costeira, enquanto reprodutora, a ave de rapina foi afectada pela pressão humana exercida sobre o litoral, nomeadamente no que respeita ao turismo, que lhe retirou os locais de nidificação. O lugar mais próximo de Portugal onde esta espécie de falcão ainda nidifica é nas ilhas Baleares, em Espanha.
A dieta alimentar do falcão-da-rainha é constituída maioritariamente por grandes insectos, entre eles as libelinhas, as borboletas, as cigarras e os gafanhotos. Mas desde o final de Julho e até Outubro passa a alimentar-se quase exclusivamente de pequenas aves como as cotovias, as andorinhas e as petinhas.
A característica mais peculiar desta espécie rara de falcões é o facto de atrasar a sua época de reprodução - começa em Julho, bastante mais tarde quando comparada com as outras aves migratórias, que se reproduzem na Primavera. O falcão-da-rainha atrasa a reprodução para que a altura em que os juvenis precisam de alimento coincida com o influxo de aves migratórias que voam sobre o Mediterrâneo e, desta forma, dispor de mais mantimento para si e para as suas crias.
Depois da reprodução, o falcão-da-rainha, de tamanho médio, cor escura, asas e cauda compridas, migra para a África continental e para a ilha de Madagáscar, onde passa o Inverno. Retoma uma dieta alimentar baseada em grandes insectos. Surge no Mediterrâneo em Abril.
Apesar de o seu estatuto de conservação ser pouco preocupante, o esbelto falcão-da-rainha está sujeito a diversos factores de ameaça nos locais onde cria e durante a migração. "As principais ameaças são a destruição de habitat, os problemas graves de perseguição directa (caça) e as pressões a que está sujeito durante a migração, que se revela muitas vezes uma jornada bastante perigosa", explica Domingos Leitão.
A Grécia é considerada o país mais importante para a preservação e conservação do falcão-da-rainha, pois, durante a época de reprodução, alberga aproximadamente 85% da população mundial da espécie. Por ser uma das espécies de aves mais importante da Grécia, já foi sujeita a diversos projectos e medidas que visam a sua protecção a longo prazo.
O falcão-da-rainha vive em colónias e chega a ser confundido com o falcão-peregrino que, no entanto, é maior e tem a cauda mais curta. Em Portugal, é uma espécie migradora de ocorrência ocasional.
DN
Sem comentários:
Enviar um comentário