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domingo, 29 de agosto de 2010

Polícia brasileira investiga história de sexo e morte

Polícia brasileira investiga história de sexo e morte
Jorge Gonçalves conheceu uma 'garota de programa' pela Internet. Trouxe-a para Guimarães. Ela fugiu e ele foi assassinado 

A Delegacia de Homicídios de Porto Alegre, no Brasil, está confiante que dentro de pouco tempo conseguirá chegar ao homem que matou com dois tiros na cabeça um português, de 36 anos, natural de Brito, Guimarães.

"Estamos com duas linhas de investigação. Uma é passional, outra económica e as duas tendem a cruzar-se", explica ao DN Bolívar Llantada, o delegado responsável pela Delegacia de Homicídios encarregada deste caso.

No epicentro deste caso surge uma mulher, Angélica, que se envolveu com a vítima, Jorge Manuel Rodrigues Gonçalves, no ano passado, via Internet. Depois de várias mensagens trocadas, Jorge foi para o Brasil. Angélica, conhecida pelas autoridades brasileiras como "garota de programa", viajou no início do ano com Jorge para Portugal. A mulher não gostou da experiência. Segundo disse às autoridades brasileiras, terá estado 20 dias enclausurada numa casa na zona de Guimarães.
Angélica conseguiu fugir. Regressou ao Brasil, denunciou a sua odisseia europeia à Polícia Federal de São Paulo e regressou a Porto Alegre.

A 22 de Abril, Jorge partiu para o Brasil em busca da mulher. Segundo a investigação policial terá levado uma vida faustosa: andava constantemente de táxi e pagava bebidas em bares e festas. O dinheiro não durou sempre e Jorge pediu a 14 de Maio apoio nos serviços consulares para regressar a Portugal. Não viveu para ouvir a resposta. No dia seguinte foi executado, com dois tiros na cabeça, numa rua na zona norte de Porto Alegre.

Quem o assassinou levou o dinheiro e apenas deixou um telemóvel. Foi através do aparelho que Jorge Gonçalves foi identificado. Pedro Diniz, o responsável directo pela investigação, como o seu chefe acredita que a solução está para breve. "Já temos uma linha forte de investigação", conta o polícia que acredita que a vítima tenha sido transportada ao local do crime de táxi e que o motorista é conivente com o crime.

"É um homicídio delicado e a falta de pessoas que o conhecessem aqui acabou dificultando os trabalhos", assume o delegado Bolívar Llantada. "

Os polícias envolvidos nesta investigação não chegaram a contactar a Polícia Judiciária em Portugal. "Pelo que sabemos, os factos relacionados com a investigação passam todos aqui por Porto Alegre", conta Pedro Diniz.

Angélica e vários amigos já foram ouvidos várias vezes pelos investigadores.

DN

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