A Polícia Judiciária (PJ) voltou ontem a Odiáxere para verificar, uma vez mais, a nova pista que chegou através de um jornal holandês. A hipótese de virem a ser feitas buscas em breve não está posta de lado, embora os investigadores não atribuam para já grande consistência às informações avançadas.
O "De Telegraaf" publicou anteontem uma carta anónima de duas páginas acompanhada de mapas. Umas cruzes assinalam o local onde o corpo de Madeleine terá sido enterrado "a norte de uma estrada, debaixo de arbustos e rochas, cinco ou seis metros fora de estrada". Fonte próxima da investigação explicou, ao JN, que a informação "é muito vaga". Ainda assim, nos últimos dois dias foram feitos reconhecimentos do terreno - através de medições e registos fotográficos - "para comparar os dados fornecidos pelos mapas à zona".
Se no mesmo dia em que a carta foi publicada pelo diário holandês a presença dos investigadores foi notada na localidade de Arão, na fronteira entre os concelhos de Odiáxere e o de Portimão, pelo contrário, ontem passou despercebida. A mesma fonte adiantou, no entanto, que foram feitas diligências no terreno, embora de forma bastante mais discreta. "Já temos uma ideia de qual é a zona que aparece assinalada nos mapas", revelou.O trabalho não se adivinha fácil.
"São alguns hectares de terreno entre Arão e Pereira", assegura a fonte, lembrando que o mau tempo e a presença de muitas dezenas de jornalistas na freguesia são outros dos entraves do trabalho dos investigadores. Admite, ainda, que podem vir a ser feitas buscas em breve, sem adiantar quando.
Embora não considere para já a pista muito consistente, a PJ tem de esgotar todas as possibilidades até colocá-la definitivamente de lado.A carta está a ser alvo de perícias por parte das autoridades holandesas, que enviaram uma cópia à PJ. A informação foi considerada credível por ter sido enviada ao mesmo jornal que, no ano passado, revelou informações sobre o lugar em que se encontravam duas meninas belgas assassinadas.
Os cadáveres acabaram por ser encontrados poucas horas depois, a dois quilómetros da zona referida. Sem sinais da Judiciária, a frustração das várias dezenas de jornalistas era evidente. Portugueses, ingleses, espanhóis, holandeses e alemães assentaram arraiais na localidade de Arão, onde eram esperadas as buscas, que acabaram por não acontecer.
Alguns optaram por encetar "buscas particulares".Uma televisão britânica contratou o serviços de uma associação algarvia com cães de busca e salvamento para bater o terreno. Sem êxito.
O mesmo já haviam feito os jornalistas holandeses do "De Telegraaf" antes de publicarem a carta anónima. Fonte da PJ alerta para o facto de estas acções poderem prejudicar o trabalhar dos investigadores "a sério", uma vez que "podem contaminar o terreno e comprometer a eventual recolha de indícios".
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