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quinta-feira, 24 de maio de 2007

Crianças vítimas de prostituição


Equipas de rua do Instituto de Apoio à Criança encontraram, no ano passado, 33 menores desaparecidos. As crianças foram descobertas em negócios de exploração sexual. Alguns iam passar fins-de-semana a Espanha para fins sexuais. Outros não chegam sequer a regressar.




Das 76 crianças desaparecidas e recuperadas o ano passado, em Lisboa, pelas equipas de intervenção de rua do Instituto de Apoio à Criança (IAC), 33 foram encontradas inseridas em actividades relacionadas com a exploração sexual.


A maior parte dos menores recuperados, pelas equipas de intervenção de rua do IAC, têm idades entre os 14 e os 16 anos. Fugiram de casa por «motivos de negligência ou maus tratos parentais», e vieram a ser encontrados em «práticas ilícitas, vítimas de prostituição e tráfico», contou ao PortugalDiário Matilde Sirgado, coordenadora do projecto de equipas de intervenção de rua da instituição.


Equipas do IAC descobrem casos nas ruas


O trabalho das equipas do «Projecto Rua» do IAC actua em zonas de risco da grande Lisboa. Os grupos compostos por animadores e técnicos da instituição patrulham os bairros e abordam os menores, que se apresentam em situações suspeitas e tentam encontrar soluções.


Muitos dos casos de desaparecimentos em que os menores são reencontrados não estão sinalizados no IAC. Outros, dos quais a instituição não recebeu denúncia, «podem vir a ser descobertos», afirmou a responsável. Em 2006, o IAC recebeu um total de 107 denúncias só em Lisboa.


Iam a Espanha para fins sexuais


Dos 76 casos sinalizados nas ruas pelo IAC, 33 referiam-se a actividades de exploração infantil. Vários menores chegaram a referir aos técnicos da entidade que costumavam ir «passar fins-de-semana» a Espanha para fins sexuais. Alguns desses rostos não voltaram mais a ser vistos.


O trabalho realizado com os menores recuperados nas ruas tenta perceber os «porquês das fugas que levaram aos desaparecimentos». Fazer o retorno, quando possível às famílias, e apostar na autonomização, formação e educação das crianças é outra das preocupações das equipas de rua, sublinha a coordenadora do projecto.


É também através da linha SOS Criança Desaparecida (1410), que as equipas de intervenção do IAC actuam. A recolha de dados como pistas e informações sobre possíveis paradeiros pode ajudar a encontrar uma criança. Quando um menor desaparece, as equipas do IAC saem muitas vezes para as ruas em busca da criança desaparecida.


Pais: «redobrem vigilância»


No caso dos menores que desaparecem, mas não fugiram, Matilde Sirgado afirma ser necessário que os pais «redobrem a vigilância em grandes superfícies comerciais, praias e qualquer lugar onde um desaparecimento é sempre uma possibibilidade».


«Saber que lugares evitar, com quem não devem ir de boleia, que cuidados devem ter, em quem devem confiar» é também a mensagem da campanha de prevenção das equipas do IAC junto de escolas e ATLs, sublinha a mentora do projecto de rua da entidade.


Em 2006, dos 31 menores desaparecidos e denunciados pela linha de desaparecimentos do IAC, 16 deviam-se a actos de fuga, 13 foram posteriormente resgatados em práticas de mendicidade, 6 desapareceram por rapto de terceiros, 5 devido a problemas na família, 4 por via de rapto parental e 3 por fuga de instituições sociais. Destes, 19 são raparigas e 12 são rapazes.


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