A poucos dias do início da conferência das Nações Unidas sobre o clima, no México, cientistas da NASA dão novo sinal de alarme. E emissões continuam a crescer
É mais um sinal de alarme e desta vez ele vem dos grandes lagos do planeta. Uma avaliação das temperaturas das 167 maiores superfícies de água doce realizada por investigadores da NASA, com recurso a satélites, mostra que o aquecimento global também deixou ali impressa a sua assinatura.
Nos últimos 25 anos, a temperatura da água dos maiores lagos da Terra aumentou em média 1,23 graus Celsius por cada década. No entanto, nas regiões setentrionais do hemisfério Norte, como a Europa do Norte, esse aumento chegou aos três graus Celsius e ocorreu ainda mais rapidamente nas extensões aquáticas do que na atmosfera.
Os dados foram publicados na Geophysical Research Letters e são consistentes com as medições por instrumentação em bóias em alguns dos lagos estudados, como os Grandes Lagos nos EUA.
"A nossa análise oferece uma nova fonte independente de dados para avaliar o impacto das alterações climáticas", afirmou Philip Schneider, do Jet Propulsion Laboratory (JPL), da NASA e principal autor do estudo.
As medições mostram que o maior aumento da temperatura da água dos lagos ocorreu na Europa do Norte. Pelo contrário, na Europa do Sul e também no hemisfério Sul, os aumentos de temperatura nas grandes extensões de água doce foram menos pronunciados.
Esta tendência "não é isenta de consequências para os ecossistemas dos lagos, que podem ser afectados de forma negativa por alterações muito pequenas da temperatura da água", notou o mesmo investigador.
Uma dessas consequências negativas mais frequentes é a proliferação de algas. Para que isso ocorra, basta que se dê um ligeiro aumento da temperatura da água e, nesse caso, as algas em excesso acabam por absorver a maior parte do oxigénio no lago, causando a morte dos peixes. Essas alterações favorecem também frequentemente a proliferação de espécies exóticas em detrimento das autóctones, com a modificação radical do ecossistema .
As medições da equipa do JPL mostraram que as temperaturas aumentaram mais nos lagos da Europa do Norte, do Leste da Sibéria, da Mongólia e norte da China e também em algumas regiões dos EUA, como na dos Grandes Lagos.
Os aumentos de temperatura verificados são de resto os esperados, considerando o aquecimento global do planeta.
E se esta é mais uma confirmação das alterações climáticas num momento em que já se iniciou a contagem decrescente para a conferência das Nações Unidas sobre o clima, em Cancun, no México, a partir de 29 de Novembro, um outro dado divulgado ontem pela Organização Meteorológica Mundial, vem lembrar que a tendência para o crescimento das emissões de gases com efeito de estufa ainda não se inverteu. Pelo contrário, apesar da recessão económica , essas emissões de bateram no ano passado um novo recorde histórico. De 2008 para 2009, as emissões globais cresceram mais um por cento. Entre 1990 e 2009 esse aumento foi de 27,5%.
DN
Nos últimos 25 anos, a temperatura da água dos maiores lagos da Terra aumentou em média 1,23 graus Celsius por cada década. No entanto, nas regiões setentrionais do hemisfério Norte, como a Europa do Norte, esse aumento chegou aos três graus Celsius e ocorreu ainda mais rapidamente nas extensões aquáticas do que na atmosfera.
Os dados foram publicados na Geophysical Research Letters e são consistentes com as medições por instrumentação em bóias em alguns dos lagos estudados, como os Grandes Lagos nos EUA.
"A nossa análise oferece uma nova fonte independente de dados para avaliar o impacto das alterações climáticas", afirmou Philip Schneider, do Jet Propulsion Laboratory (JPL), da NASA e principal autor do estudo.
As medições mostram que o maior aumento da temperatura da água dos lagos ocorreu na Europa do Norte. Pelo contrário, na Europa do Sul e também no hemisfério Sul, os aumentos de temperatura nas grandes extensões de água doce foram menos pronunciados.
Esta tendência "não é isenta de consequências para os ecossistemas dos lagos, que podem ser afectados de forma negativa por alterações muito pequenas da temperatura da água", notou o mesmo investigador.
Uma dessas consequências negativas mais frequentes é a proliferação de algas. Para que isso ocorra, basta que se dê um ligeiro aumento da temperatura da água e, nesse caso, as algas em excesso acabam por absorver a maior parte do oxigénio no lago, causando a morte dos peixes. Essas alterações favorecem também frequentemente a proliferação de espécies exóticas em detrimento das autóctones, com a modificação radical do ecossistema .
As medições da equipa do JPL mostraram que as temperaturas aumentaram mais nos lagos da Europa do Norte, do Leste da Sibéria, da Mongólia e norte da China e também em algumas regiões dos EUA, como na dos Grandes Lagos.
Os aumentos de temperatura verificados são de resto os esperados, considerando o aquecimento global do planeta.
E se esta é mais uma confirmação das alterações climáticas num momento em que já se iniciou a contagem decrescente para a conferência das Nações Unidas sobre o clima, em Cancun, no México, a partir de 29 de Novembro, um outro dado divulgado ontem pela Organização Meteorológica Mundial, vem lembrar que a tendência para o crescimento das emissões de gases com efeito de estufa ainda não se inverteu. Pelo contrário, apesar da recessão económica , essas emissões de bateram no ano passado um novo recorde histórico. De 2008 para 2009, as emissões globais cresceram mais um por cento. Entre 1990 e 2009 esse aumento foi de 27,5%.
DN
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