O orgasmo, as zonas húmidas e o sono têm honras de efeméride em Portugal, onde o calendário é rico em comemorações. Aos deputados parlamentares chegam petições sugerindo a criação de dias como o do Cão ou da Fruta, escreve a Lusa.
Em Portugal, qualquer pessoa pode tentar a sorte e criar um «Dia Nacional». Basta lançar uma petição e angariar pelo menos 1.000 assinaturas para a proposta ser analisada por uma comissão parlamentar. Se à Assembleia da República chegar um requerimento com mais de quatro mil assinaturas, o assunto sobe automaticamente a plenário, explicou à Lusa Luís Nunes da Ponte, assessor do presidente da Assembleia da República.
Na actual legislatura o parlamento recebeu três pedidos para a criação de efemérides: o Dia da Natalidade/Dia da Grávida, Dia da Hemocromatose e o Dia da Epilepsia. Até ao momento, só a «Grávida» poderá vir a ser Dia Nacional, já que as outras duas propostas foram recusadas.
Durante o anterior mandato, as petições que chegaram à casa das leis revelaram mais imaginação, sugerindo a celebração da Fruta, do Cão ou da Vida ao Ar Livre. Das sete propostas recebidas apenas uma entrou para o calendário: o de Luta Contra a Paramiloidose.
A lista de «dias» é infindável e entre nacionais, europeus, internacionais, mundiais ou universais há de tudo. A Lusa contabilizou 354 efemérides no ano. Existem dias que parecem pequenos para tantos eventos. A 21 de Março, por exemplo, celebra-se a Poesia, a Eliminação da Discriminação Racial, a Floresta, o Sono, a Marioneta, a Síndrome de Down e a Árvore.
Para os amigos do ambiente, 2 de Fevereiro é Dia do Vigilante da Natureza, mas também das Zonas Húmidas, 14 de Março é Dia Internacional de Luta contra as Barragens e 24 de Abril celebra-se mundialmente o Animal de Laboratório.
Para gostos mais ecléticos, pode-se comemorar o Trânsito e a Cortesia ao Volante (5 de Maio), o OVNI (24 de Junho) ou mesmo o orgasmo (31 de Julho).
Uma das formas de conseguir recolher assinaturas para ver oficializada uma data é através das novas tecnologias. Ao site www.peticaopublica.com chegam inúmeras iniciativas, como o Dia Nacional do Socorrista, da Prevenção e do Combate ao Stress ou do Mergulhador.
«Nota-se uma utilização crescente dos meios electrónicos para divulgação, recolha de assinaturas e apresentação de petições», contou Nunes da Ponte, explicando que não existe legislação que defina a forma de criar um dia.
«É comum que organizações da sociedade civil agrupem as iniciativas relativas à divulgação da sua causa num determinado dia, declarando-o informalmente o Dia Nacional», revelou o assessor.
É o caso do Dia do Advogado, do Arquitecto ou do Médico, criados pelas ordens, sendo que no primeiro caso a data é assinalada no Dia de Santo Ivo, patrono dos advogados, e o dos arquitectos no dia em que foram publicados os diplomas com os estatutos da Ordem. Sobre os médicos, o assessor conseguiu apenas fazer uma piada: «provavelmente quando se formou o primeiro médico: Hipócrates».
Em Portugal, qualquer pessoa pode tentar a sorte e criar um «Dia Nacional». Basta lançar uma petição e angariar pelo menos 1.000 assinaturas para a proposta ser analisada por uma comissão parlamentar. Se à Assembleia da República chegar um requerimento com mais de quatro mil assinaturas, o assunto sobe automaticamente a plenário, explicou à Lusa Luís Nunes da Ponte, assessor do presidente da Assembleia da República.
Na actual legislatura o parlamento recebeu três pedidos para a criação de efemérides: o Dia da Natalidade/Dia da Grávida, Dia da Hemocromatose e o Dia da Epilepsia. Até ao momento, só a «Grávida» poderá vir a ser Dia Nacional, já que as outras duas propostas foram recusadas.
Durante o anterior mandato, as petições que chegaram à casa das leis revelaram mais imaginação, sugerindo a celebração da Fruta, do Cão ou da Vida ao Ar Livre. Das sete propostas recebidas apenas uma entrou para o calendário: o de Luta Contra a Paramiloidose.
A lista de «dias» é infindável e entre nacionais, europeus, internacionais, mundiais ou universais há de tudo. A Lusa contabilizou 354 efemérides no ano. Existem dias que parecem pequenos para tantos eventos. A 21 de Março, por exemplo, celebra-se a Poesia, a Eliminação da Discriminação Racial, a Floresta, o Sono, a Marioneta, a Síndrome de Down e a Árvore.
Para os amigos do ambiente, 2 de Fevereiro é Dia do Vigilante da Natureza, mas também das Zonas Húmidas, 14 de Março é Dia Internacional de Luta contra as Barragens e 24 de Abril celebra-se mundialmente o Animal de Laboratório.
Para gostos mais ecléticos, pode-se comemorar o Trânsito e a Cortesia ao Volante (5 de Maio), o OVNI (24 de Junho) ou mesmo o orgasmo (31 de Julho).
Uma das formas de conseguir recolher assinaturas para ver oficializada uma data é através das novas tecnologias. Ao site www.peticaopublica.com chegam inúmeras iniciativas, como o Dia Nacional do Socorrista, da Prevenção e do Combate ao Stress ou do Mergulhador.
«Nota-se uma utilização crescente dos meios electrónicos para divulgação, recolha de assinaturas e apresentação de petições», contou Nunes da Ponte, explicando que não existe legislação que defina a forma de criar um dia.
«É comum que organizações da sociedade civil agrupem as iniciativas relativas à divulgação da sua causa num determinado dia, declarando-o informalmente o Dia Nacional», revelou o assessor.
É o caso do Dia do Advogado, do Arquitecto ou do Médico, criados pelas ordens, sendo que no primeiro caso a data é assinalada no Dia de Santo Ivo, patrono dos advogados, e o dos arquitectos no dia em que foram publicados os diplomas com os estatutos da Ordem. Sobre os médicos, o assessor conseguiu apenas fazer uma piada: «provavelmente quando se formou o primeiro médico: Hipócrates».
TVi24
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