Projecto coordenado por investigadores japoneses propõe-se utilizar a informação genética retirada de tecidos congelados do animal extinto e uma célula de elefante sem ADN.
Investigadores japoneses preparam-se para tentar trazer à vida um animal extinto há milhares de anos. Trata-se de um mamute, que a equipa do cientista Akira Iritani, da Universidade de Quioto, pretende criar por clonagem a partir de material genético recuperado de um mamute e de uma célula de um elefante.
"Os preparativos estão feitos", afirmou Akira Iritani ao jornal japonês Yomiuri Shimbun, adiantando que vai em breve iniciar todo o trabalho no laboratório .
A equipa retirou tecidos de um cadáver de mamute que foi encontrado congelado na Rússia, e que permanece conservado num laboratório russo, e vai utilizá-los para o projecto.
O objectivo é introduzir o núcleo de uma célula de mamute (onde está contido o ADN, a sua informação genética), que está morto há milhares de anos, no interior de uma célula de elefante à qual é retirado o seu próprio material genético. O embrião assim obtido possuirá a informação genética do mamute.
Posteriormente, esse embrião será colocado no útero de uma fêmea de elefante, esperando os investigadores que no final de uma gravidez bem-sucedida a fêmea dê à luz o filho mamute.
O projecto terá por base as técnicas de clonagem desenvolvidas por outra equipa japonesa, que conseguiu clonar ratos a partir de material genético congelado de ratos mortos há 16 anos. A técnica foi desenvolvida por Teruhiko Wakayama, do Centro Riken de Biologia do Desenvolvimento, de Yokohama.
Utilizando a técnica desenvolvida por este último, a equipa que vai clonar o mamute conseguiu extrair intacto das células mortas do animal extinto o seu núcleo contendo o ADN do animal.
"Se conseguirmos criar o embrião de um clone [de mamute], teremos de discutir antes de o implantarmos no útero de uma fêmea de elefante a forma como vamos alimentar o futuro mamute e a pertinência de o mostrar publicamente", explicou Akira Iritani. O investigador considera que, se a sua experiência for bem-sucedida, ela permitirá saber mais sobre os grandes herbívoros cobertos de pelo grosso que desapareceram da Terra há alguns milhares de anos sem que se saiba quais foram as causas exactas da sua extinção. "Após o eventual nascimento do mamute, examinaremos, entre outras coisas, as suas condições de vida e os seus genes de forma a procurar pistas sobre o desaparecimento destes animais", adiantou o líder do projecto. Para quando um mamute vivo de novo na Terra? A equipa japonesa tem um horizonte: cinco a seis anos, é a sua estimativa.
DN
"Os preparativos estão feitos", afirmou Akira Iritani ao jornal japonês Yomiuri Shimbun, adiantando que vai em breve iniciar todo o trabalho no laboratório .
A equipa retirou tecidos de um cadáver de mamute que foi encontrado congelado na Rússia, e que permanece conservado num laboratório russo, e vai utilizá-los para o projecto.
O objectivo é introduzir o núcleo de uma célula de mamute (onde está contido o ADN, a sua informação genética), que está morto há milhares de anos, no interior de uma célula de elefante à qual é retirado o seu próprio material genético. O embrião assim obtido possuirá a informação genética do mamute.
Posteriormente, esse embrião será colocado no útero de uma fêmea de elefante, esperando os investigadores que no final de uma gravidez bem-sucedida a fêmea dê à luz o filho mamute.
O projecto terá por base as técnicas de clonagem desenvolvidas por outra equipa japonesa, que conseguiu clonar ratos a partir de material genético congelado de ratos mortos há 16 anos. A técnica foi desenvolvida por Teruhiko Wakayama, do Centro Riken de Biologia do Desenvolvimento, de Yokohama.
Utilizando a técnica desenvolvida por este último, a equipa que vai clonar o mamute conseguiu extrair intacto das células mortas do animal extinto o seu núcleo contendo o ADN do animal.
"Se conseguirmos criar o embrião de um clone [de mamute], teremos de discutir antes de o implantarmos no útero de uma fêmea de elefante a forma como vamos alimentar o futuro mamute e a pertinência de o mostrar publicamente", explicou Akira Iritani. O investigador considera que, se a sua experiência for bem-sucedida, ela permitirá saber mais sobre os grandes herbívoros cobertos de pelo grosso que desapareceram da Terra há alguns milhares de anos sem que se saiba quais foram as causas exactas da sua extinção. "Após o eventual nascimento do mamute, examinaremos, entre outras coisas, as suas condições de vida e os seus genes de forma a procurar pistas sobre o desaparecimento destes animais", adiantou o líder do projecto. Para quando um mamute vivo de novo na Terra? A equipa japonesa tem um horizonte: cinco a seis anos, é a sua estimativa.
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